segunda-feira, 11 de setembro de 2017

um breve elogio à liberdade de expressão

a arte não convive no regime da censura
por isso é que me depravo e custo
nesse insignificante significado
de ser você o repressor dos meus efeitos e atos
enquanto você me censura, eu lhe provoco com a minha lucidez
pois, eu não me privo da liberdade, 
vomito a minha loucura no prato dessa ditadura,
tão cheia de estupidez...
o meu próprio panegírico é que me faz ver e
cada vez mais, que a arte vale apena viver
não sigo igrejas nem seus dogmas
nem represento o público em geral
não me condeno por ser este instrumento
sem acordos diretos e indiretos
com o que me faz bem
com o que me faz mal
não vivo de ditaduras
nem de quaisquer escravaturas
sou da fé dos bons de alma
sou anjo endiabrado
sou qualquer significado
ou da livre informação

a censura que vem e me reprime
perde-se no seu próprio regime
poucos dias depois
pois, quanto mais reprimido sou
e ou estou, transformo esse ruído
em fluídos de pura informação,
que me leva e me eleva ao sublime conhecimento
e o conhecimento é o meu poder
então, nem tente me impedir
meus conteúdos próprios
ou impróprios pra quem não os vê...
...nem de mente, nem de coração
nem de olhos abertos, nem de reflexão



(sobre a interrupção da exposição no Santander Cultural)

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