domingo, 22 de julho de 2018

MEU NOME É NINGUÉM
***
Quem será?
Não há nem uma face oculta.
Quem será?

 ***
Como qualquer coisa,
Como qualquer vida sem valor,
Como qualquer um que pisa...

***
É mais um rosto
É mais um que não veste a camisa,
É mais um louco...

***
Quem dirá?
Quem é a vítima?
É mais uma cara suja ou uma cara limpa?

***
Como qualquer coisa,
Como uma capa artística,
Como qualquer coisa sem nome...

***
É menos alma humana?
É menos negra dor insana?
É menos agonia?



(sobre a fotografia de Leandro Selister / Tristicidade)

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