Eu não me lembro que ainda posso pensar...

Eu não me lembro
Que todo homem
Tem um anjo bom

Eu não me lembro
Que o ser humano
É um homem sábio

Eu não me lembro
Que os adultos
São compreensíveis

Eu não me lembro
Nem com as crianças
Nem com as mulheres

Eu não me lembro...
Se fosse Alzheimer
Eu me lembraria muito mais

Eu não me lembro
Em que momento começamos
A nos tornarmos desumanos

Eu só me lembro
Que não somos nem anjos, nem demônios
Que somos de carne e osso

Pensando Perto Demais
Como Se Fosse
Um Pensamento Distante
Além Do Mais

nada é tão igual
como era antes
mas...
sempre há
um momento,
num instante
em que tudo
se parece...

UMA PEDRA ENCONTRADA NO CHÃO
(PARA QUE CHEGAR A UMA DEFINITIVA CONCLUSÃO)
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Sabe aquelas vezes,
Que não se quer pensar
E o pensamento vem
Mais forte
Querendo doutrinar,
Como se fosse anjo
No ouvido a sussurrar,,,
******
Sabe como é (?)
Não tem nada a ver com fé,
Nem querer em algo acreditar.
É apenas a própria mente
Querendo importunar,
Como se fosse anjo Cupido
Atingindo o coração.
******
Como se chama o nome disso...
É isso ou aquilo,
Que se parece como intuição.
(essa é a voz da razão)
Coisa paranoica... paranormal...
Divinas teorias
Ou enigmas para a ciência.
******

À LUZ QUE IRROMPE

das graças alcançadas
nenhuma foi de graça
tantas velas
tantas promessas
tantas horas

e no final
graças a Deus
a esperança
que paira no ar
pulsa no coração

é o início
e é como o amor
que tudo abraça
até mesmo às cegas
inexplicavelmente

é corpo de Cristo Cristianismo
Bíblia ou livre arbítrio
é islã Alcorão Maomé
Tora Judaísmo Moisés
é fazer valer a força da Fé

das desgraças enfrentadas
todas foram repelidas
entre tantas rezas
entre tantas palavras
entre tantas noites mal dormidas

DELÍQUIOS DAS PAIXÕES ETÉREAS

Você não sabe como é difícil
Andar sozinho
Sem ter que pensar naquele anoitecer
Em que o seu olhar
Caiu como noite enluarada
Em minha vida
Iluminando a minha alma
Que passeava por aí
Perdida

Você nem imagina
A falta que o teu sorriso me faz
Sinto como se fosse agora
E como se fosse mais e mais
É algo que vem aos montes
Que toma conta de repente
Que cresce no coração
E brilha inocentemente
Como a luz de todas as estrelas

DOS DIAS QUE VIRÃO...

Hoje o céu não está acima de tudo.
Agora toda dominação é da humanidade.
Não há mais no horizonte, anjos
Nem demônios...
Não há Cristo crucificado.
Os mortos não ressuscitarão.

Hoje o poder está na tecnologia,
Dessa mente humana que tudo desafia.
O futuro é um deus máquina
E não há mais volta...
Pra qualquer dúvida sempre existirá uma explicação,
É só olhar pra trás e ver o passado (em vão).

Hoje a vida passa e muitas vezes a gente nem sente.
Está tudo tão presente,
É o nosso mundo selvagem...
Uns ficando para trás e outro um passo à frente.
E os poetas irão se queixar pra quem?
E os bárbaros e seus amores verdadeiros (?)

Hoje o pensamento não espera o mensageiro,
Não fica estático à espera de um ser alado celestial...
A liberdade é a maior vontade
E que se envolve com o conhecimento.
Não há guerra entre luz e escuridão,
Só há a mente e o coração.

Ou Ela Se Mata Ou Ela Vira Artista

Há uma efervescência
Há uma loucura qualquer
A vida é bela
E a guerra ainda é a fome
A Santa é a ignorância
Uma banda de rock é um sonho pra se agarrar
...uma ideia
Um demônio do bem
Um anjo caído
E há drogas também (que pena)
A arte é como vento que esculpe o tempo
O beijo é o veneno mortal
A mulher é a forma
E o homem é o caos
Delírios
Vampiros
A morte é quase uma ironia
A Bíblia ainda é o maior segredo
A fé é caótica
O nome é uma bênção
O ídolo é mais um na multidão
O show não pode parar
O dia não pode acabar
As estrelas são tão lindas como as estrelas do mar
Na noite sempre há uma próxima vítima
A canção ainda é a que toca no coração
Num violão
A realidade é uma só
O filme continua a rodar
Pois uma verdade só não há
Ou ela se mata ou ela vira artista

lápis-lazuli

Por entre as entranhas
Os pássaros estão de olho,
Como anjos guardiões
Observam, melancolicamente,
Os sonhos acordados
D'um azul de felicidade...
Enquanto ela vem
A saudade parte.

Vincent
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Fugindo do mundo...
Ambiente frio e escuro.
Mas, ainda, carrega o escudo.
...tão louco, tão absurdo!
Sua capa amarelada,
Sua alma congelada,
Suas largas passadas,
Caminhando para o submundo...
É o refugio que o aguarda.
Ansiedade por tudo,
Sem luxo, sem nada...
Fingindo em não ouvir insultos,
Imaginando uma noite leve e dourada.
Van Gogh continua
Sem ouro e sem dinheiro...
Mas, Van Gogh não se entrega,
Ainda acredita na luz e no calor,
Como um intenso amor
Por uma vida apaixonada.

UMA CERTA PERCEPÇÃO

Não sei se há amores
No asfalto...
...se a estrada leva à lugar algum
E será que pelo caminho
Nasce flores sem espinhos (?)

Ando assim...
...assim, tão, meio desligado
Às vezes louco,
Outras vezes desesperado...
Essa é a minha forma de sentir.

Já te vi...
E te vi em um sonho.
Estava eu lúcido
E por algum instante,
Acreditei que fosse real.

Já te vi por aí
Como se fosse amor indizível
Sorrio mais-que-infinito,
Olhar entre o acaso e o destino,
Coração que faz perder os sentidos.

Eu também quero
Quero até demais...
...quero ver o que há além da leveza das pétalas
Como aquelas pétalas que mais parecem asas de borboleta...
Se eu enxergar a sensibilidade que há,
Então irei te contar o segredo da vida...

O Eterno Adormecer


Às vezes, penso nela
Como ela é fatal...
Nada escapa de suas garras
Sedutora, me induz ao erro...
E mesmo, tendo tantos acertos
Ela me convence...
Ela sabe de tudo e nada vai impedi-la
Que realize o maior de seus desejos...
Ela sempre deseja, sempre mais.
Pra ela só há uma única hora definitiva. 

Às vezes, penso na vida
E como seria sem ela...
Mas, essa possibilidade não existe.
Ela é o ponto final...
E, ela é tão definitiva
Que nem premedita sua própria entrada,
Nem sua saída.
Ela não se encanta por ninguém.
Ela apenas conquista...
E quando se percebe, já é tarde demais.

SERÁ QUE SOU UM APARELHO AUTOMÁTICO
EM FORMA DE BONECO (?)


Um dia alguém me disse,
Que o sofisticado é simples demais...

E, que a sofisticação fica obsoleta
Em tão pouco tempo.

É que as coisas ultimamente vêm sendo assim,
Parecendo infinitamente e... de repente o finito.

Até parece suicídio a humanidade evoluindo.
O que levou séculos, agora se transforma a cada segundo...

E se transforma como os Movimentos Rápidos dos Olhos.
São esses tempos modernos que tudo transforma...

E me transforma em mais um homem das cavernas.
Mas, ainda sei que ainda sei que ainda não sou robô...

Repita
Que não sou robô, que não sou robô, robô, robô, robô...

Que Dia Bonito!

Ouça o canto dos pássaros
E o movimento das folhas nas árvores...
Sinta a brisa suave
E a luz dourada do sol...
Viva a vida e diga que ainda vale apena viver!

O SUPLÍCIO 

E, de repente, pelas ruas
Vem a plebe...
...vem reivindicando
Seu nome, sua fome,
Sua vida, sua dignidade.

Vem com palavras de ordem,
Criando a desordem,
Provocando o Estado,
Rompendo com as classes,
Impedindo a passagem.

Finalmente
A cruz em riste
Atinge o ventre da virgem
Que, ainda em prece,
Sente a multidão...

Que fere,
Que chora,
Que cai lágrimas,
Que abre as chagas,
Que devora o circo e o pão...

E, de repente, pelas ruas
A sombra cresce,
O céu chora
Desvairado
E tudo padece...

Agora são as doridas almas
Que agonizam por uma salvação,
Sob a luz de todas as estrelas
Elas clamam pelo amor de Deus,
Pra que possam se livrar de todo esse mal.

ATÉ CORTAR OS PULSOS...


O que é inevitável?
O corte.
...tão profundo e letal

A sorte
Que anda por perto.
A morte
Que permanece no incerto.

O que é inevitável?
O grito ou o silêncio
Ou a fuga...

A realidade é uma questão de minutos.
O sonho é um tiro no escuro.
A vida é uma chance a mais...
O suicídio é o definitivo.

Até cortar os pulsos,
Você ainda pode sonhar
Ou acordar jamais...

Até cortar os pulsos,
Você pode dramatizar uma situação
Ou continuar ensaiando uma solução definitiva...

PENSANDO COMO SE FOSSE VOCÊ

Olho pela janela
A luz insana que entra
Em minha mente
E como se fosse um anjo
Caído
Rouba a minha paz
E o espírito

E
Finjo
Tudo não passa de ilusão
À luz da imaginação
...pensamentos que vêm
e outros que vão
Quem eu sou?

Meu mundo
Anda louco
E eu mais ainda
Não sei mais o que sou
Carne e osso
Ou robô
O que sei é que não sou

Nem livre
Como os pássaros
Que ainda cantam
E encantam
Entre o asfalto
E os caminhos verdes...
Nem mais humano

Olho pela janela
E sinto o tempo passar
Como se nada mais existisse
Como qualquer despedida
Que chega...
Como a doce inocência da lembrança
Que permanece para o resto da vida