sexta-feira, 7 de setembro de 2018

O SUPLÍCIO 

E, de repente, pelas ruas
Vem a plebe...
...vem reivindicando
Seu nome, sua fome,
Sua vida, sua dignidade.


Vem com palavras de ordem,
Criando a desordem,
Provocando o Estado,
Rompendo com as classes,
Impedindo a passagem.


Finalmente
A cruz em riste
Atinge o ventre da virgem
Que, ainda em prece,
Sente a multidão...


Que fere,
Que chora,
Que cai lágrimas,
Que abre as chagas,
Que devora o circo e o pão...


E, de repente, pelas ruas
A sombra cresce,
O céu chora
Desvairado
E tudo padece...


Agora são as doridas almas
Que agonizam por uma salvação,
Sob a luz de todas as estrelas
Elas clamam pelo amor de Deus,
Pra que possam se livrar de todo esse mal.

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