quinta-feira, 2 de abril de 2020

UM GRANDE OLHAR DIANTE DE UMA PEQUENA JANELA

O que eu vejo da janela,
Poesia sempre bela
Ou triste agonia (?)

"o meu olhar é o teu olhar
o teu olhar é o meu olhar"

Há tantas almas errantes,
Nessas ruas vazias,
À procura de corações solitários,
Pra se encherem de alegrias...

Cadê as caras metades,
As caretas de palhaços?
Ah, quantas saudades
Das cores das borboletas...

O que eu vejo da janela,
Um mundo escuro
Ou uma paisagem eterna?

O meu coração é o teu coração
O teu coração é o meu coração

E, que toda a verdade seja dita:
Ciência é a arte que cura e liberta.
Não há espaço para a falsidade. Fica o alerta!
E, assim o sorriso sonhado volte e nos divirta...

Vá, até a janela e veja se há outra saída
Na liberdade que, agora, não há...
Então, não esqueça desses longos dias,
Ore pelos mortos e lembre-se de amar ao próximo.

O que vejo da janela
para-raios, para-brisas
paraquedas, paranoias (?)

A minha poesia é a tua poesia
A tua poesia é a minha poesia

Agora, eu observo um outro mundo:
A forma do paralelepípedo, as curvas do parafuso,
A janela do outro lado, a pequena flor no canto do pátio
E os pássaros... ah, os passarinhos...

E, quando tudo parecer jamais,
Lembre-se: o nada, nunca será demais...
Na janela da minha alma,
O meu olhar é o teu olhar e vice-versa.


(dedicado ao Grupo "O NOSSO OLHAR")
 (postado no grupo "Nosso Olhar" (facebook: Leandro Selister/Artista Visual)

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