segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

 DIZ-ME

poesia minha
de cada dia
de onde tu vens
pra onde tu vais
és tu
na palavra sublime
que me habita
acima de tudo
és tu
no verso controverso
do mundo do deus belo
no limiar da porta do inferno
em cada dia da noite escura
como se fosse toda a cura
em cada verso eu me confesso
és tão visível que me cego
no verbo
me expresso
alma
e corpo nu
poesia minha de cada dia
morada da minha solidão
és a paixão de todos
és o nada na multidão
és em cada frase
frágil como as pétalas da flor
pois aqui não há metástase
o que floresce e me consome é só o teu amor

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