Yanomami e a ameaça cega dos brancos
O INÍCIO:
E, é assim como eu me sinto,
Como um menino prodígio,
Como um anjo divino,
Como um filho de Deus.
Sou eu
A ameaça cega
E branca
O MEIO:
Malditos brancos predadores
Destruindo a terra-floresta
Ameaçando o povo Yanomami
Rios contaminados,
Árvores no chão,
E animais mortos
Na contínua e permanente depredação.
E quem não se esquece...
Quem são os ateus,
Os sem almas e os hereges (?)
Adeus, adeus
E, é assim como eu sou?
Espírito maligno?
Vida sem cor?
Coroa de espinho?
Destruindo os povos nativos,
Os Xamãs e os Espíritos.
Por que tanto desamor?
E mais uma vez
A ameaça cega dos brancos,
Estranjeiros, viajantes,
Soldados e garimpeiros.
E mais outra vez
Constroem as suas moradas,
Igrejas das pedras petrificadas,
Séculos e séculos com forças armadas.
Missionários e invasores,
Pesquisadores sem nomes,
Em nome da ciência e de Deus
Colhem frutos, folhas e flores.
FIM
E, é assim a nossa língua:
Sanöma, ninam, yanomam
Yaroamë, yãnoma, yanomami.
E quem sou eu (?)
Identificado como homem branco
Humano é o que sou?
sbs
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