sábado, 24 de junho de 2017

Até mais...

Sabes
Aquela hora
Em que tudo parte
Coração
Alma
Pensamento
Razão
Tu sabes?
A dor
É mais que
Um disparate
Arde e sufoca
É um muro por dentro
É uma grade por fora
Tu sabes...
São só lamentos
Solidão
Uma vontade de...
...se jogar do parapeito
Parece o fim
Mas é só o começo
Sabes
Quem vai
E quem fica
A partida é uma saída
Uma morte e outra vida
E
Até mais... até mais...

(quando você partir eu nem sei o que vou sentir)

sexta-feira, 23 de junho de 2017

reação química

imaginei-me
num processo
de figuras
e paixões
mas, o que senti
e confesso
não era nada
além de breves
razões
quando
eu
estiver tão só
em etéreas ilusões
e próximo das estrelas
pensarei em tudo
mesmo sem ter o que dizer
te direi com palavras
silenciosas
sinto-me
rápido demais
ENSAIO DE UM PRÉ-CASAMENTO
(ou a captura do instante
que enamora com a etérea luz)

A minha fotografia
Escreve como a história
Em memória das arquiteturas
Ou das canduras das manhãs
A minha fotografia
É luz em noites impuras
Onde anda as figuras
Das loucuras vãs
A minha fotografia
É quase uma pintura
E que se mistura
Com a arte de rua
A minha pintura
Pinta e borda
Colore as janelas
Em cores amarelas
E vermelhas portas
A minha pintura
É desenho em contos
Em traços leves e firmes
Como a gravura que resiste
Obra-Prima de mil encantos
A minha pintura
Aspira à perfeição
De tamanha beleza e elegância
Das reais imagens da infância
Das imagens da imaginação
A Pintura
A fotografia
O casamento
A arte é a mais breve loucura?
?Ou será um eterno experimento
A imagem que se fixa
Num pra sempre enquadramento
Como a tinta que eterniza
O mais sublime momento
Que todo sentimento acaricia

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Meu querido diário...

não é bem assim
o meu mundo
é só meu
e de mais ninguém
...se eu permitir,
eu deixo...
entrar aqui
em mim
mas, não tente invadir
achar que pode
pois, vai se ferir
pense o que quiser
me chame de otário
mas, não pense
que irá mandar...
sou livre,
A Escalada da Gota

cai como invisível
das alturas
permanece atônita
espargindo-se
como constelação
de aquários
e aos poucos
outras tantas vão brotando...
...umas próximas das outras
em brilhantes multidões
formando diferentes figuras
em notáveis formas especiais
e demais delicadas
à espera dos delíquios
das paixões etéreas
caem as gotas
do alto da esfera
criando criaturas imaginárias
tais como são vistas da terra
tão nitidamente
caem sobre nós
Duração Relativa das Coisas O tempo não esconde A flor envelhece A memória também Ele é cruel Eu sei É o que te faz refém Das lembranças Dos anos Do que não se fez Amores perdidos E dias de solidão O rosto não se esconde Diante do espelho As linhas do tempo Definem os momentos E o que passou Passou Não volta mais Às vezes é o que te retém Meu bem Sonhos acordados E noites mal dormidas (sbs)
Sandro
Provar por A mais B Quase que num desatino Feliz Ano Novo Aos Poetas e Loucos Pois são os únicos Que acreditam Que estão em sã consciência (sbs)

VERSOS REPETIDOS

Sandro
Massacre Coletivo Das entranhas da terra, tripas e intestinos de vivos corpos enterrados, alimentaram animais famintos... vermes microrganismos extraterrestres que nasceram dos ventres livres, livres Poucos eram os suicidas, que por amor morreram. eram animais ou pessoas? houve carnificina, houve versos sem despedidas... marchas fúnebres flores e negras cores amores entranháveis do ponto mais profundo adeus, adeus (sbs)
Sandro
?Será que adianta ser diferente? (...se tudo se repete igualmente) Não quero me refugiar Em mais um ano Pra ficar pensando depois Que tudo não passou de um grande engano Não tem mistério Só a vida que é curta pra acreditarmos Que um dia tudo isso muda Não quero ficar mudo Nem pensar que sou diferente Apenas sou realista Igualmente o ano que passou E sei que não adianta mais querer mudar Há esperança sempre Assim como nos versos de um poema (sbs)
Sandro
Bem-estar A felicidade está ali, É só olhar plenamente Como se olha pra sorte. Acontece de repente... É um contentamento Que transforma a inquietude Ou qualquer sofrimento, Num estado consciente De amor e paz... (sbs)


Sandro
Das Coisas Vã Hoje O meu coração Anda bobo, Acelera Por qualquer coisa vã... Mais para o lado pueril. (sbs)
Sandro
Divinéia sopram ventos removendo em movimentos lentos as nuvens do tempo... véus negros como se fossem suaves lenços ...é quando eu sinto as sombras pairarem sobre o meu corpo sólido estranha é a sensação que debruça-se sorrateiramente como se fosse teu beijo como se fosse sem medo como se fosse teu silêncio... sopram inventos na minha mente insana inventando uma esperança ...quase alma humana sobre o meu corpo sólido véus negros suaves lenços Divinéia Não é Pandora É Panaceia para os males Dos amores verdadeiros Que navegam além dos mares Nos corações dos bárbaros guerreiros Divinéia Não é Panaceia É Quimera Com cabeça de leão Corpo de cabra E cauda de dragão (sbs)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Melancolicamente
(de coração)


O que ficou de mim
É apenas mais uma despedida
Pois, sou feito de saudades
Entre as chegadas e as partidas
O que ficou de mim
É um caminho com dois destinos
No ir e vir
Um jeito estranho de seguir
E seguir sozinho
O que ficou de mim
Ficou com carinho
Sem lágrimas fingidas
Um sorriso de luz de todas as estrelas
O que ficou de mim
Uma profunda felicidade
Uma profundidade no olhar
A mais e mais
Corpo e alma de amor e paz
ALÉM DO MAIS HÁ O NADA DEMAIS...

Ninguém vai me entender agora,
só daqui há algum tempo...
Por mais que se tende explicar,
cada um tem um olhar...
... um olhar sobre as coisas.
Pode até ser que, alguém possa perceber
além do mais...
Mas, mesmo assim, vou insistir
em não olhar pra trás.
Vou trazer tudo dentro de mim,
antes que tudo acabe.
Vou contar o que a minha imaginação
pode imaginar...
... e por mais que eu queira dizer algo,
esse algo pode até não ser nada demais.

domingo, 11 de junho de 2017

UM AMANTE DA SOLIDÃO

cubra-me
com teu corpo
envolva-me
com tua boca
usa-me
e me deixa louca
abusa-me
suavemente com força
faça-me
parte de ti
mas

não
fuja
nem
finja
mesmo que vá embora
não disfarça
meu bem
mesmo que não haja
o amanhã...
talvez
diga-me
que valeu apena
só mais uma vez
ama-me
como nunca se amou
alguém
viva-me
como eu vivo pra ti
também
vista-me
nesse instante
e siga o teu caminho
se foi
com prazer
tão próximo do ninho
se foi
pra não esquecer
tão distante, mas com carinho
(título por Rosemary Guimarães Barcellos Morais)
"Triste doçura, ruptura que tortura"

Ainda que tenhas me amado, Afrodite
Filha do Céu e da Terra,
Deusa do amor e da beleza,
Ainda, assim, vou à luta
Pois, sou Hefesto, deus do fogo...
te sinto na boca como um amargo gosto...
já se passou o mês de agosto
e ainda ando como se fosse um cachorro louco,
à procura da doçura, que um dia senti em teu corpo
mas, agora é essa tristeza que vem...
qual o significado de tudo isso... esse desgosto (?)
esse sentir, que tortura a alma. difícil é o sufoco...
mas, tudo bem. Toda ruptura tem seu porém...
eu sei. E, logo essa amargura desaparecerá
e me deixará, mais brilhante que a estrela Dalva!

(título por Karolina Bahr - grupo Nietzsche: Filosofia, Poesia e Prosa

Resultado de imagem para quem é venus
mate
a sua vontade
que anda sedenta 
de imaginação
aqui
é a realidade
então, invista 
no tempo que há


Imagem relacionada
a fúria
e lá vem
a tempestade
com a sua exaltação
violenta
ira
raiva
cólera

é como se fosse
arrancar um beijo
com as carícias
dos ventos
e lá vêm
as nuvens
cumulonimbos
em tons plúmbeos
raios
trovões
relâmpagos
é como se fosse
o fim do mundo
Deuses contra titãs
e as lágrimas sobre as vidas recaem

nudez

esse
é o melhor 
adorno
pele
sobre carne
carne
sobre osso

enfeite
minucioso 
desenho
sem receio
nudez
em anseio
alma e corpo

a arte
do umbigo
ao seios
das curvas
entre virilhas
e vulva 
teus cabelos

?por onde andarás
que não te encontro mais
mulher do retrato

somente o Pintor
saberá teu eterno paradeiro
Foto de Nádia Raupp Meucci.
pintura de NUDES
Vitório Gheno
Resultado de imagem para fotos de pensamentos                                                                                                  Certos Pensamentos

meus antigos
pensamentos
não eram em vão
pareciam poemas
dos poetas
em estado de loucura
e razão
meus novos
pensamentos
são mais que devaneios
às pressas, às vésperas
da imaginação
que se perdem no pó
e tão sós provocam a poluição

sábado, 10 de junho de 2017

Estímulos

Quando é que as coisas têm sentidos...
E que sentido faz?
...se procurar explicação
Ao que se sente... é diferente
Mente e coração
Fingir que são reconhecidos
Os sentidos
Ou que os verdadeiros fingidos
São os sentidos
Que copulam com a ilusão
Sinto o que mais sinto
No paladar
Degusto tua cara
Inteira e não pela metade
Sinta o fingimento
Como se fosse a mais pura
Realidade
Loucura é não sentir
O que vem fingindo
Mas, que tudo invade
...se for pra ser assim
Entre tantas inverdades
Que seja a sinceridade
Em toda essa falsidade
A mais nobre verdade
Quando é que...
A audição
Provoca o tacto
E as mãos
Envolvem o olfacto
?E que sentido faz
Se nada é peixe...
E o peixe sempre nada
Imagem relacionada
REALIZAÇÃO

não ando
por lugares ermos...
sou por mim mesmo
habitado,
gosto de estar comigo
(solitário).
mas, não há deserto,
há uma multidão
ao meu lado.
?solidão
é algo secreto
e discreto,
que não a sinto
como sofrimento
pois, a minha solitude
é sentimento voluntário.
sou um individuo
que busco estar em paz
comigo mesmo...
às vezes, espio
e até me atrevo a entrar
no escuro quarto
e, de repente
faz-se a luz...
estou contigo, lado a lado.
não vivo preso
em reclusão,
como se estivesse
em meio a um salão
de festas
muito animado,
corroendo-me
em sentir-me
em um local inabitado.
o que eu sinto
é sofreguidão
então, me alimento
do verso,
do poema...
jamais me encontro
com o vazio existencial.
estou bem... tão natural
e naturalmente
comendo e bebendo
entre desejos desmedidos
e vontades exageradas...
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sexta-feira, 9 de junho de 2017

PERDER-ME
EM TEUS OLHOS
ACHAR-ME
EM TEU OLHAR

Tu não tiras
os olhos de cima
de mim
Assim, só aproxima
A nossa distância
É bem diferente
de sentir-se
vigiado
Teus olhos me dizem isto
teu olhar é um livro misterioso
Que eu aos poucos
percebo-o entrando
pra dentro de mim
janela d'alma
que me alimenta
Que acalma e que alenta
os meus mais recônditos
sentimentos
Tu não tiras
o amor
dos teus olhos
de cima
de mim
que brilham
como o silêncio
que fala

Te quero
tua magnitude
aparente e absoluta
de maior estrela
Te quero
tão próximo
do meu coração
e quanto mais próximo
que assim me aqueça
Te quero
como força
da beleza humana
e dos fenômenos
da natureza
deus sol que me alimenta
Te quero

clareando a Terra
banhando a vida
Te quero
luz que me abriga
das crenças egípcias
te quero nas flores
nas cores, nas peles
nos amores etéreos

A MINHA FACE
SE PARTE
COMO UMA ESFINGE
QUE FINGE
COMO A ARTE
NA INTERFACE
Não tente
me encontrar
no verso
pois posso
ser
o inverso
ou nada disso
qualquer objeto
diversos
e infinitos

Jovem garota sexy beijo com paixão — Fotografia de Stock #10354835
A PALAVRA POEMA
quero fazer
como se faz o amor
quero criar
como se criou o universo
quero compor
como se compõe o verso
me deixa ser
livre
quero porque quero
me libertar
quero voar
saltitar, rastejar
me sinta
como a lira
ou o poema
que grita
Odisseia e Ilíada
Ritmo e rima
Poetas e Poetisas
Ode ao Vate
...Drummond
Clarice...
...Moraes
Ferreira...
...Quintana
Fernando Pessoa
Ao Som de um Bolero
ENAMORADOS
(O Poema)

Encantei-me
Ao primeiro olhar
De um modo apaixonado
Sem definição, gostei...
Gostei de estar ao teu lado
Ali no horizonte
Onde o sol parece esconder-se
Encantei-me
Aos primeiros toques
Mãos suaves e fortes
Teus lábios sedentos
Beijos quentes e com vontade
Um mundo de carinhos
E todas as possibilidades
Encantei-me
Ao ouvir a tua voz
...tua voz em mim
Rouca e aveludada, assim...
Traduzindo sentimentos
Brilhantes e afins...
Uma canção pra se ouvir até o fim...
Encanei-me
Ao te sentir provocar a paixão
E a chama do amor
Como se fosse a luz do luar
Em noites de lua cheia
A clarear o instinto de procriação
Como se fosse o poema
Casal  apaixonado — Fotografia de Stock #91914748
MENSAGEM DE AMOR

não me condenas
por amar demais...
não sou de fazer cenas
apenas, te amo e nada mais...

Love me baby — Fotografia de Stock #100403144
Um Elogio à Ordem em Desordem

Duvido de mim mesmo
Não a esmo...
Nem me perco em devaneios
à toa...
Talvez, ao sabor dos ventos
Me deixo... mas, não me afasto...
Nem das horas, nem dos tempos
Não sou nenhum Dom Quixote
Entre as fronteiras dos pensamentos
E das sonhadoras realidades...
...nem luto com os moinhos
Mas, sou cavalheiro cavaleiro errante
Sou das entregas sinceras
E das despedidas nas antevésperas...
Duvido de mim mesmo
?sou de sentimentos grotescos
Às vezes...
Sou impulsivo, por meses!
Quase um delinquente ou malandro
Sou do tipo picaresco:
Um aventureiro. Um vadio.
Não sou doce ilusão dos amores perfeitos...
Desses de romances por inteiros
E sofisticados sentimentos.
Sou meio a meio...
Metade pássaro e metade simples de coração
...um verso inacabado
Uma canção inaudível aos insensíveis.
Duvido de tudo isso
Duvido de mim mesmo
Duvido da vida
Duvido da morte
De qualquer bebida
De qualquer sorte
Duvido de Dom Quixote (?)

quinta-feira, 8 de junho de 2017

A ALMA É UMA SEDA BELA
DE COR ESCARLATE FERA

QUANDO A ALMA
OUVE A VOZ QUE A CHAMA
NÃO SE ACALMA
SE PRENDE NA CHAMA

Eu sei o que quero
Uma palavra gritante
Que grita ou clama
Que inflama
Mas, não dói
Nem se doa
Que ressoa forte
Quase um rugido
Grilos falantes
zum-zum no ouvido
Eu sei o que quero
Uma voz em disparates
Contrastes exagerados
E famintos olhares
Desejos na pele em cores escarlates
Demasiado vivos e vulgares
Clamoroso
Berrante
Chamativo
Chocante
Nus/Kaori
SOU DAS ESTRELAS
Esse país não é meu
Não sou dos corações partidos
Sou clandestino do amor
Navego por tantos outros mares
Dos amores verdadeiros
Entre esconderijos e lugares
Dos bárbaros guerreiros
Sou uma porção de quasares

Esse país não é meu
Não sou das ilusões perdidas
Sou do mundo das paixões
Livres, fortes... entre pássaros e leões
Não vivo de crimes, nem de confissões
Meu estado de espírito é laico
Às vezes, sou filho de Deus
E outras vezes, somente ateu
Esse país não é meu
Não sou dos fantasmas, nem das assombrações
Sou das canções encantadas
Das poesias devassas
Dos solenes poemas
Dos porões dos subúrbios
Dos sótãos misteriosos
Das novas e velhas moradas
Nus/Crossdel
AS TRINCHEIRAS

Eram valas escavadas no chão
Com cerca de dois metros de profundidade
E vários quilômetros de extensão...
Como se fossem crianças no porão,
Brincando de esconde-esconde.
Eram soldados órfãos
Sem pai, nem mãe,
Em defesa de uma Pátria Amada,
Clandestinos de uma situação.
Suas casas eram pobres casas...
Sem nação... sem noção
O perigo bate à porta,
Os fantasmas, as assombrações
E o medo do beijo da bala,
Querendo dizer que,
Essa é a tua última estadia
E, se ainda tem sonhos
Olhe pra essa lua cheia
E confesse ao teu próprio coração...
As palavras ressoam fortes
Como se fossem as luzes do luar,
Querendo te encantar
Ao invisível que te aguarda...
?Será a morte mais dolorida
Do que essa vida?
Será que a alma suportará
Esse longo e interminável corredor
De sofrimento(?)
É nessas horas que aparecem
Bombardeios, granadas, tiros e doenças.
Ser hóspede pela última vez
Dessa vida... só pra escavar
Teu ato suicida...
Apenas uma carta mal escrita,
Uma breve despedida
E o mistério da partida...
Como se vem é como se vai,
Apenas uma saída:
O fim.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

TENTAÇÕES

E, de repente...
Inconsequentemente
Proibido 
Cai
No desejo
Na expectativa
De querer
Mais que céu
Ou quaisquer alturas
Finalmente
Rompi
Teu
Ventre livre
Resultado de imagem para tentações
se vamos começar 
tudo outra vez
então, que recomece
sem demora
pois, não vejo a hora
de te pegar de vez...
se vai ser
bem melhor que antes,
cheios de repentes
 e momentos indecentes,
de bem-me-queres
outros malmequeres
pra apimentar
então, que tal inventar
uma cena...
vista uma roupa bem ousada
e quem sabe agora, somos desconhecidos...
um gosto perigo
de um primeiro amor.
amarre as mãos na cama
e não permita que me toque,
invista em momentos fortes
...é que esta noite
será sempre noites assim...
faça tudo,
tudo é pra se permitir.
vamos ser cúmplices
de nossas aventuras,
aquelas loucuras
que nunca tem fim...
e quando estivermos exaustos,
vamos pro berço e pouco a pouco
adormeceremos...
vamos vivendo, olhos nos olhos
sem desgostos...
agora nada cansa,
nem acaba
pois, há tantos gostos
nessas mudanças.

Foto de Sandro HelterSkelter Bustamante.
Sabes?
As tuas mãos
Que me envolvem
Inquietas,
Entrelaçando
Em minha
Nudez,
Me aquecem
E me fazem esquecer
De tudo...
São toques
Da nuca ao cóccix,
Da virilha ao tórax...
Às vezes, suaves como de pétalas
Às vezes, garras como de feras
E outras vezes assim... bem assim!
Sabes?
Isso me tira o folego
E me enche de desejos doidos...
ah, tão doidos
Que me dá vontade
De te morder...
E, nem queiras saber... aqui!
Só em te sentir
Teu olhar,
Cheio de luz,
Querendo me invadir
Línguas...
Boca a boca
Toques
Nos bicos dos seios,
Em toda a cútis,,,
combo
com a voz suave
que agora cabe
dentro da minha vida
ouço os teus sussurros
que precisas de mim
chega de partidas
estou te esperando
e não me constranjo
em te pedir...
te peço toda noite
um abraço
num verso
um beijo
e confesso...
...confesso que também preciso
de ti
absolutamente
preciso mesmo
não há desespero
nem ingenuidade 
apenas acredito 
na sinceridade que a verdade
insiste em existir
então vamos unir
nossos mundos
aurora e crepúsculo
amor vagabundo
então
vamos
andar
de mãos dadas
pelas calçadas
vivendo as noitadas
amanhecidas madrugadas
e jamais nos dividir

denise&mario04