Eram valas escavadas no chão
Com cerca de dois metros de profundidade
E vários quilômetros de extensão...
Como se fossem crianças no porão,
Brincando de esconde-esconde.
Eram soldados órfãos
Sem pai, nem mãe,
Em defesa de uma Pátria Amada,
Clandestinos de uma situação.
Suas casas eram pobres casas...
Sem nação... sem noção
O perigo bate à porta,
Os fantasmas, as assombrações
E o medo do beijo da bala,
Querendo dizer que,
Essa é a tua última estadia
E, se ainda tem sonhos
Olhe pra essa lua cheia
E confesse ao teu próprio coração...
As palavras ressoam fortes
Como se fossem as luzes do luar,
Querendo te encantar
Ao invisível que te aguarda...
?Será a morte mais dolorida
Do que essa vida?
Será que a alma suportará
Esse longo e interminável corredor
De sofrimento(?)
É nessas horas que aparecem
Bombardeios, granadas, tiros e doenças.
Ser hóspede pela última vez
Dessa vida... só pra escavar
Teu ato suicida...
Apenas uma carta mal escrita,
Uma breve despedida
E o mistério da partida...
Como se vem é como se vai,
Apenas uma saída:
O fim.
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/88/Lancashire_Fusiliers_trench_Beaumont_Hamel_1916.jpg/220px-Lancashire_Fusiliers_trench_Beaumont_Hamel_1916.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário