Um Belo Dia
As flores do encanto
Das pétalas aos prantos
Minuto por minuto
Ao soprar dos ventos
Destino Divino e Absoluto
Sucumbem ao tempo
Desfalecendo aos poucos
Meus doces momentos
Não quero escrever
O que já foi escrito
Mas quero entender
O porquê do grito
Naquela cena
Em que o instinto
Fala mais alto
Que pena
Não sinto a compaixão
De quem não está faminto
E num assalto
Rouba o que já foi dito
Partindo o coração
Não há versos sem sentidos
Quando existe solidão
Quando há no perigo
O risco é o suicídio
Num belo dia
Em uma nova estação
Primavera
Flor amarela
Amar ela
Coisas que vêm e vão
Na vida que ainda é bela
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
minha alma gêmea
amor que cura
o espinho que perfura
dói
não tive tempo
pra despedida
e sai pela mesma saída
segui
o caminho infinito
destino parecido com o videotape
sorte de mim
que ainda registro as minhas imagens
em películas magnéticas
não tive ódio à toa
mas foi por uma justa causa
agora nem a minha alma me perdoa
vou voltar
quando tudo isso passar
pois meu futuro é inevitável
é a ordem cósmica das coisas
da qual nada que existe pode escapar
da natural ordem
por que se vou
tenho que voltar
por quê
porque elas estão lá
as moiras da mitologia grega
fabricando, tecendo e cortando o fio da vida
é isso que me conduz
mesmo com essa técnologia obsoleta
pois deuses e humanos não são digitais
amor que cura
o espinho que perfura
dói
não tive tempo
pra despedida
e sai pela mesma saída
segui
o caminho infinito
destino parecido com o videotape
sorte de mim
que ainda registro as minhas imagens
em películas magnéticas
não tive ódio à toa
mas foi por uma justa causa
agora nem a minha alma me perdoa
vou voltar
quando tudo isso passar
pois meu futuro é inevitável
é a ordem cósmica das coisas
da qual nada que existe pode escapar
da natural ordem
por que se vou
tenho que voltar
por quê
porque elas estão lá
as moiras da mitologia grega
fabricando, tecendo e cortando o fio da vida
é isso que me conduz
mesmo com essa técnologia obsoleta
pois deuses e humanos não são digitais
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
biografia criptografada
por trás da fama
existe a lama
e muito mais
existe ao longe
imagem sem fome
e poucos comendo demais
por trás da grana
há quem clama
o direito de viver em paz
existe a trama
que engana
até quem nada faz
por trás do panorama
flor mais não há
nem esperança
existe coisa mais insana
pior programa
gente comendo por miligrama
por trás da chama
que até inflama
luz não há
o que fica na lembrança
é fotograma
de trás pra frente de frente pra trás
por trás da fama
existe a lama
e muito mais
existe ao longe
imagem sem fome
e poucos comendo demais
por trás da grana
há quem clama
o direito de viver em paz
existe a trama
que engana
até quem nada faz
por trás do panorama
flor mais não há
nem esperança
existe coisa mais insana
pior programa
gente comendo por miligrama
por trás da chama
que até inflama
luz não há
o que fica na lembrança
é fotograma
de trás pra frente de frente pra trás
Repouso dos Titãs
Sinta, no vento furioso,
A tempestade violenta.
Sinta, na leveza do sonho amoroso,
A delicadeza da flor violeta.
Entre o ódio e o amor,
Há o que sangra vermelho
E expele na escura cor,
O brilhar intermitente das estrelas...
Não há segredos diante do espelho,
Nem mentiras para escondê-las.
Qualquer força maior,
Menor será a fragilidade da fortaleza.
Sólida é a flor de admirável beleza,
Que encanta o gigante que lhe habita.
Pior é a esperança sem a certeza,
Que se prende na boca que não grita...
Faminta é a vida que na solidão se corroi.
E mesmo com tanto esforço e suor,
O surto que escorre é a melhor saída.
Amor que cura o espinho que perfura, dói...
Sinta, no vento furioso,
A tempestade violenta.
Sinta, na leveza do sonho amoroso,
A delicadeza da flor violeta.
Entre o ódio e o amor,
Há o que sangra vermelho
E expele na escura cor,
O brilhar intermitente das estrelas...
Não há segredos diante do espelho,
Nem mentiras para escondê-las.
Qualquer força maior,
Menor será a fragilidade da fortaleza.
Sólida é a flor de admirável beleza,
Que encanta o gigante que lhe habita.
Pior é a esperança sem a certeza,
Que se prende na boca que não grita...
Faminta é a vida que na solidão se corroi.
E mesmo com tanto esforço e suor,
O surto que escorre é a melhor saída.
Amor que cura o espinho que perfura, dói...
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Amor Sentido Em Sentidos Amores
Sinto, todos aqueles sonhos perdidos.
Malditos são esses anjos carnais
Que, ainda, festejam idos carnavais
Nos salões eternos dos corações partidos...
E eu mesmo, amei tantos desconhecidos.
Sei, que amar nunca será demais,
Por mais que seja difícil, amar amores sentidos.
Amores que, jamais deixarão de ser desejos reais...
E quem sabe, um dia, nos encontraremos
Em passagens do tempo, desse tempo efêmero
Pois, assim, sós na saudade não estaremos.
O passado não é esquecimento, quando nos faz bem...
É reviver o que a memória guardou com esmero,
Tão forte na lembrança, amor sentido, também.
Sinto, todos aqueles sonhos perdidos.
Malditos são esses anjos carnais
Que, ainda, festejam idos carnavais
Nos salões eternos dos corações partidos...
E eu mesmo, amei tantos desconhecidos.
Sei, que amar nunca será demais,
Por mais que seja difícil, amar amores sentidos.
Amores que, jamais deixarão de ser desejos reais...
E quem sabe, um dia, nos encontraremos
Em passagens do tempo, desse tempo efêmero
Pois, assim, sós na saudade não estaremos.
O passado não é esquecimento, quando nos faz bem...
É reviver o que a memória guardou com esmero,
Tão forte na lembrança, amor sentido, também.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
Pincel
Tudo no seu devido tempo,
A fotografa fotografada.
Um instante no exato momento.
O Artista e a imagem captada,
Fixando a flor-do-vento.
E, ali, a eternidade gravada,
Num lugar que não há lamento.
Vida é o que não falta na estrada,
É muito mais que cem por cento.
É como se fosse uma flechada,
D'um anjo lírio-do-vento.
Nada se perde na arte criada
Pois, viver é sempre um novo invento.
É como a mais bela poesia lembrada,
Dedicada a modelar o pensamento.
Mas, jamais deixar de ser ousada.
Ela pousa pra quem tem o talento,
A fotografa fotografada,
Encanta o encantamento
Dos olhos de quem a vê, parada,
Com todo o conhecimento.
Pinta e enquadra a luz libertada.
(sobre a imagem de Nádia Raupp Meucci. Foto de Vitório Gheno)
Tudo no seu devido tempo,
A fotografa fotografada.
Um instante no exato momento.
O Artista e a imagem captada,
Fixando a flor-do-vento.
E, ali, a eternidade gravada,
Num lugar que não há lamento.
Vida é o que não falta na estrada,
É muito mais que cem por cento.
É como se fosse uma flechada,
D'um anjo lírio-do-vento.
Nada se perde na arte criada
Pois, viver é sempre um novo invento.
É como a mais bela poesia lembrada,
Dedicada a modelar o pensamento.
Mas, jamais deixar de ser ousada.
Ela pousa pra quem tem o talento,
A fotografa fotografada,
Encanta o encantamento
Dos olhos de quem a vê, parada,
Com todo o conhecimento.
Pinta e enquadra a luz libertada.
(sobre a imagem de Nádia Raupp Meucci. Foto de Vitório Gheno)
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
despedia (fodida)
de morte mais que morrida
nasceu a minha nascida vida
dor igual igualmente dolorida
machucou a ferida
que partiu à partida
adeus adeus malquerida
que saiu pela saída
tão vencida e descabida
seguida e perseguida
na noite adormecida
da estrela que sobe na descida
da lua que cai na subida
na minha dúvida dividida
e medida sem volta e sem ida
tão doida e varrida
teu amor na minha língua
tem o gosto de perfídia
que me deixou à míngua
dia e noite e noite e dia
maldita é a melodia
do amargo é construída
do inseto ao inseticida
da larva ao larvicida
do verme ao vermicida
de morte mais que morrida
nasceu a minha nascida vida
dor igual igualmente dolorida
machucou a ferida
que partiu à partida
adeus adeus malquerida
que saiu pela saída
tão vencida e descabida
seguida e perseguida
na noite adormecida
da estrela que sobe na descida
da lua que cai na subida
na minha dúvida dividida
e medida sem volta e sem ida
tão doida e varrida
teu amor na minha língua
tem o gosto de perfídia
que me deixou à míngua
dia e noite e noite e dia
maldita é a melodia
do amargo é construída
do inseto ao inseticida
da larva ao larvicida
do verme ao vermicida
Será que a gente
Finge sentir
O que não sente?
Onde está a Poesia
Casemiro de Abreu?
O que há na rua... alegria (?)
Ou qualquer sonho que se perdeu.
Cadê a fantasia do dia a dia?
Partiu com a compaixão que, já, morreu.
Onde está a rima?
Se há um deus nessa vida sofrida,
Ele, já, nasceu de morte morrida.
Desceu para baixo
Subiu para cima
Entrou para dentro
Saiu para fora
É tão triste ver essa violência a toda hora.
Será que um dia haverá uma saída?
É Porto Alegre, meu senhor e minha senhora.
Se seis é meia dúzia e meia dúzia é seis
Então, que se mude essa história de uma vez,
Senhores e senhoras hipócritas.
Finge sentir
O que não sente?
Onde está a Poesia
Casemiro de Abreu?
O que há na rua... alegria (?)
Ou qualquer sonho que se perdeu.
Cadê a fantasia do dia a dia?
Partiu com a compaixão que, já, morreu.
Onde está a rima?
Se há um deus nessa vida sofrida,
Ele, já, nasceu de morte morrida.
Desceu para baixo
Subiu para cima
Entrou para dentro
Saiu para fora
É tão triste ver essa violência a toda hora.
Será que um dia haverá uma saída?
É Porto Alegre, meu senhor e minha senhora.
Se seis é meia dúzia e meia dúzia é seis
Então, que se mude essa história de uma vez,
Senhores e senhoras hipócritas.
domingo, 9 de fevereiro de 2020
COMPOSIÇÃO
meus amigos
loucos e queridos
pouco sei do enquadramento
do sorriso
nem do tempo
que irá levar
meu pensamento
que invento
até que o vento
pare de ventar
meus amigos
loucos e queridos
deem sorrisos
longos e largos
até que os lábios
fiquem quadrados
e as línguas de trapos
alcancem à imaginação
pra lamber as ideias
em versos em vão
meus amigos
loucos e queridos
em meio à solidão
sorriem por saber
que no caminho
as rosas têm espinhos
pois todo destino
é feito de contratempos
curvos e retilíneos
que não se fixa na razão
Simples Possível
pra quem tem olhos pra ver,
pode perceber a folha desbotar.
mas, tenha cuidado com o que você vê,
se o seu olhar está anestesiado.
o que há do outro lado?
será que vale apena viver,
querendo acreditar num anjo alado
ou num deus para crer (?)
a gente anda muito preocupado
e no fim não se resolve nada...
se não faz sentido ficar na madrugada,
olhando as estrelas à procura de um culpado.
às vezes, nos sentimos impostores
e enganados por nós mesmos.
são os disfarces de nossos próprios atos,
à procura de uma vida absoluta.
pra quem tem olhos pra ver,
não tem os sentidos nublados.
e, pode perceber a flor florescer
e ao mesmo tempo o cantar dos pássaros.
talvez a gente possa compreender
ao vê-las,
por que as falsas aparências enganam
e como se pode contê-las (?)
pra quem tem olhos pra ver,
pode perceber a folha desbotar.
mas, tenha cuidado com o que você vê,
se o seu olhar está anestesiado.
o que há do outro lado?
será que vale apena viver,
querendo acreditar num anjo alado
ou num deus para crer (?)
a gente anda muito preocupado
e no fim não se resolve nada...
se não faz sentido ficar na madrugada,
olhando as estrelas à procura de um culpado.
às vezes, nos sentimos impostores
e enganados por nós mesmos.
são os disfarces de nossos próprios atos,
à procura de uma vida absoluta.
pra quem tem olhos pra ver,
não tem os sentidos nublados.
e, pode perceber a flor florescer
e ao mesmo tempo o cantar dos pássaros.
talvez a gente possa compreender
ao vê-las,
por que as falsas aparências enganam
e como se pode contê-las (?)
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Suave Deslizar
teus delírios
minha insônia
teus amores
meus martírios
entre as flores
te vejo querida begônia
(do campo, olhai os lírios)
colírio de Bem-te-vi
e eu aqui
a tua espera
é quando o coração acelera
e tudo flui e tudo flui
e o sofrimento dilui
em alegria
e a solidão que polui
desaparece dia a dia
teus temores
minha dor
luz é sombra
e sombra é cor
em todo amor
que há
sempre haverá
a eternidade
dure o que durar
entre sonhos e verdades
pois amar é amar
e é a mais pura realidade
faz de mim
o teu mais breve não
pra que eu possa ser
o teu pra sempre sim
e nada será em vão
mesmo que nada seja
nada
em vão não será
teus delírios
minha insônia
teus amores
meus martírios
entre as flores
te vejo querida begônia
(do campo, olhai os lírios)
colírio de Bem-te-vi
e eu aqui
a tua espera
é quando o coração acelera
e tudo flui e tudo flui
e o sofrimento dilui
em alegria
e a solidão que polui
desaparece dia a dia
teus temores
minha dor
luz é sombra
e sombra é cor
em todo amor
que há
sempre haverá
a eternidade
dure o que durar
entre sonhos e verdades
pois amar é amar
e é a mais pura realidade
faz de mim
o teu mais breve não
pra que eu possa ser
o teu pra sempre sim
e nada será em vão
mesmo que nada seja
nada
em vão não será
domingo, 2 de fevereiro de 2020
ORGANIZADA CONFUSÃO
OU DESORDEM ORGANIZADA
A ordem tem que ser
Na medida certa,
Senão vira ditadura
Ou vira desordem.
E nada mais resta.
A criatividade
É a criatura da inventividade,
É o invento do talento,
É o tempo do verso
No exato momento.
Há que se ter
Inteligência e disciplina,
Pra se atingir
O campo artístico,
Sem ferir os olhos da menina.
Há que se querer
Imaginar, sem ter medo
Do que é certo ou errado,
Desde que não se faça o mal,
Nem traga o mal olhado.
A gente pensa
Na criatividade humana,
Como se fosse algo distante,
Coisas da mente insana,
Como sempre foi, lapidando o diamante.
OU DESORDEM ORGANIZADA
A ordem tem que ser
Na medida certa,
Senão vira ditadura
Ou vira desordem.
E nada mais resta.
A criatividade
É a criatura da inventividade,
É o invento do talento,
É o tempo do verso
No exato momento.
Há que se ter
Inteligência e disciplina,
Pra se atingir
O campo artístico,
Sem ferir os olhos da menina.
Há que se querer
Imaginar, sem ter medo
Do que é certo ou errado,
Desde que não se faça o mal,
Nem traga o mal olhado.
A gente pensa
Na criatividade humana,
Como se fosse algo distante,
Coisas da mente insana,
Como sempre foi, lapidando o diamante.
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