terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

minha alma gêmea

amor que cura
o espinho que perfura
dói


não tive tempo
pra despedida
e sai pela mesma saída


segui
o caminho infinito
destino parecido com o videotape


sorte de mim
que ainda registro as minhas imagens
em películas magnéticas


não tive ódio à toa
mas foi por uma justa causa
agora nem a minha alma me perdoa


vou voltar
quando tudo isso passar
pois meu futuro é inevitável


é a ordem cósmica das coisas
da qual nada que existe pode escapar
da natural ordem


por que se vou
tenho que voltar
por quê


porque elas estão lá
as moiras da mitologia grega
fabricando, tecendo e cortando o fio da vida


é isso que me conduz
mesmo com essa técnologia obsoleta
pois deuses e humanos não são digitais

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