segunda-feira, 20 de setembro de 2021

 217

fui até a casa do poeta
com a mente aberta
mas o que vi
foi um quarto fechado
num silêncio sepulcral
talvez seja assim
que nascem as ideias
pra canção poética florescer
essa é a verdadeira face
entre o sonho e a realidade
visão quimérica
imagem assustadora
esquálida
que se modela
verso & prosa
que não se define
como a coisa mais bela
pois beleza eterna não há
mas que ficará pra sempre
na mente
na imaginação
como a frágil pétala
fortaleza da ilusão
fui até a casa do poeta
no quarto
quadros pendurados
livros e jornais
havia uma máquina de escrever
um lápis uma caneta
e papéis
cheios de palavras certas
escritas em linhas tortas
sem a modernidade
sem a interface
sem o poeta

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