sábado, 30 de junho de 2018

Sofá


Qualquer incômodo
Que se possa sentir
Ao ver um cômodo
No seu ir e vir
Não se sinta deslocado...


O lugar
Que se escolhe
Para morar
É o que acolhe
À quem não tem lar...

 
Deitar na cama sem cobertores
E passar frio
Sentar no sofá pra aliviar as dores
É como sentir o fio
Da navalha...

 
...se não vai mudar
Então nem venha me incomodar
Aqui ainda é o meu lugar próprio
Nem tente me tirar
Pois não quero mais um adversário


(sobre a fotografia de pau_cala - Tristicidade)

sexta-feira, 29 de junho de 2018

QUEM OS VIRAM?
NUNCA MAIS VIRÃO...


A cada dia dilaceram
O meu coração
A cada dia retalham
Os meus sentimentos
A cada dia rasgam
A minha carne
A cada dia difamam
A minha imagem
A cada dia cortam
Os meus pulsos
A cada dia acabam
Com as minhas ideias
A cada dia me transformam
Em ninguém
A cada dia me sufocam
Com tantas mãos
A cada dia calam
As minhas palavras
A cada dia me causam
Muitos ferimentos
A cada dia violentam
A minha vida
A cada dia anunciam
A minha morte
A cada dia ferem
A minha alma



a cada dia
eles são enganados
por caminharem
na minha
contramão

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Ponto de Vista
____
Qual é o PanOramA?
Pra direita ou pra esquerda ou central?
____
O que faz bem ou o que faz mal?
Capitalismo ou Comunismo?
____
Quem pode questionar tudo isso?
Eu estou certo e você está errado?
____
Ou vice-versa?
Qual é o ponto de vista?
____
Tudo o que se consegue ver
Está tão próximo ou tão distante?
____
Ou nada está ao alcance dos olhos...
Ou será apenas uma sensação esperançosa (?)
____
Ainda se pode mudar os destinos.
Ainda se pode deixar de existir.
____
Essas figuras que são humanas
Com suas espessuras e dimensões,
Não são objetos tridimensionais
Em uma superfície.
____
Essas figuras que são humanas,
Não têm aspectos superficiais,
Nem são projetos de nossas ilusões...
São olhares reais.
____
À primeira vista é o que nos choca
Mas, depois se torna parte da paisagem
E cada transeunte com a sua ótica...
Ou será algum defeito em nossa óptica?
____
Tudo o que se consegue ver
Nessa cidade PanOramA,
Está ao alcance de nosso olhar
E nada é tão belo..
____
Nada muda para essas vidas.
Essa vida imunda...
Parece que tudo anda ao longe,
Tão distante de quem sobrevive nas ruas.
____

(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)

sábado, 23 de junho de 2018

EM TODOS OS LUGARES NAS GRANDES CIDADES
A vida a cada dia nos impacta...
A cada dia nos transformamos
E, novamente, acreditamos...
Acreditamos que melhores dias virão.

As oportunidades são efêmeras...
A efemeridade faz parte do nosso dia a dia
Pois, as chances são mínimas.
E, é tão lancinante para aqueles que vivem nas calçadas.

O descaso nos causa a agonia
E a sua permanência se torna tão próximo de nós.
Fazendo parte das coisas do cotidiano.
Tanto faz como tanto fez...

O que será que resta?
Uma cidade, um olhar e a tristeza...
Mas, mesmo assim, é preciso acreditar
Na compaixão...

Assim, como Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho,
Em sua vida, sofreu terríveis preconceitos.
Mas, foi resiliente...
Tornou-se um grande escultor de todos os tempos!

As vidas dos moradores de rua
Têm que mudar,
Não há mais espaço para essa falta de cuidado,
Dessa hipócrita invisibilidade aos olhos da sociedade.
(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)




sexta-feira, 22 de junho de 2018

O AMOR É UMA ARTE
QUE NÃO É FÁCIL DE SE APRENDER.



amor é...
é para as canções,
é para os poemas.
amor é febril,
amor é consciente.
amor que dá vontade
de conquistar sonhos diferentes...


amor
eu te odeio,
assim como te tenho...
amor lancinante,
tão próximo,
tão distante.
amor cheio de sorte...


amor
que foge de mim,
que me cobre,
que chega e que parte,
que disfarça,
que me enche de graça,
que causa a desordem...


amor é...
é porto seguro,
é no fim do túnel.
amor de plenilúnio,
amor sem rumo.
sentimento que não se define
em vão...

quarta-feira, 20 de junho de 2018

2018.

Uma década, já, se passou
E eu ainda continuo começando
E, recomeçando tudo outra vez...
Essas noites têm sido, tão, frias
E as tardes me lembram de outros dias...
Mas, não consigo me recordar facilmente
Das minhas farsas... dos meus disfarces...
Acredito, até, que nada mudou
Ainda amo e odeio, ao mesmo tempo,
A mim mesmo...

Uma década atrás
O que me fazia bem
Era o mesmo mal
Que vai e que vem...
Eu sei que é assim,
Tantas perdas,
Tantos ganhos,
Tantas feridas,
Tantos sonhos,
Mas, ainda estou tanto lúcido como louco...


Uma Década Atrás

O vento que sopra,
Nesse fim de tarde,
Leve e suave,
Torna-se marcante,
Ainda mais com a luz
Que cobre o horizonte.


Me sinto bem, assim...
Um caminho ainda a seguir
Um carinho ao meu aguardo
Me sinto bem, sozinho...
E mesmo, agora, parado
Continuo viajando!


Não me imagino
Daqui a uma década...
Acredito no aqui e agora.
Mas, às vezes, me pego
Pensando com os anjos...
...meus erros e acertos.

terça-feira, 19 de junho de 2018

TAIS LÓGICAS DE SER OU NÃO SER

Por mais que haja
A consciência
E que haja a total
Lucidez,
No cair de qualquer
Anoitecer,
Mesmo com todas
As estrelas,
Quando a identidade
Se perde na falta
De clareza,
De tanta demência,
Qualquer inteligência
Deixa de ser...
E aquele que um dia
Foi capaz de conhecer,
Compreender e aprender
Torna-se o inválido,
Diante da humanidade
Que não, mais, o vê
Como um alguém.
Apenas, ele, se torna
Um ser (de) ninguém.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

ESTAMOS COM SEDE DE ÁGUA MESMO...
***
eu vivo
porque preciso,
nós precisamos

porque vivemos
***
de água...
***
para a minha
sobrevivência,
para nossa
sede de viver
***
de água...
***
para a nossa sede - líquida:
inodora,
insípida,
doce transparência
***
de água...
***
água que se distribui
sobre os continentes,
que vem de tantas nascentes
naturais.
***
água que vem e que vai,
que sobe e que cai,
nos rios e nos lagos,
nos mares e nos oceanos.
***
água para nós - humanos,
para os animais,
para as plantas,
para o nosso mundo todo...
***
água, água
***
tão sólida como as geleiras azuladas...
tão vapor d'água
entre as nuvens brancas,
negras e acinzentadas.
***
água, água
***
é a semente
que se faz gerar
a vida, que se sente
nesse planeta terra.
***
água, água
***
é preciso uma nova
consciência,
é necessário usá-la
racionalmente.
***
água, água
***
é preciso evitar
o seu mau uso
dos seus hídricos
recursos.
***
água, água
***

quinta-feira, 14 de junho de 2018

URGENTE!
*****
QUANTAS VEZES
FECHAMOS OS OLHOS
TAPAMOS OS OUVIDOS
CALAMOS A BOCA
DIANTE DE NOSSAS
PRIORIDADES (?)
*****
nesta vida
apostar é fácil
mas, achar a sorte
é a difícil saída...
*****
pra quem acredita,
o sonho é dócil
e tão frágil, como forte,
até a chegada da partida.
*****
será que a nossa vida,
de cada dia,
é uma loteria?
esqueça a filosofia.
*****
a prática não é fria:
doar um agasalho
pode ser a maior alegria,
pra quem fica no orvalho.
*****
o que desperta o nosso sentimento?
o que cria o cotidiano em nosso tempo?
por que procurar rimas pra esse sofrimento?
por que a sobra de um, para outro é o alimento?
*****
difícil mesmo é ajudar o próximo.
fácil é fingir que eu não vejo.
Indócil é a falta de ternura.
o meio-fio é o teu pavimento.
*****


(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)



quarta-feira, 13 de junho de 2018

A PEQUENA SOMBRA

Tão cheia de paixão-cor
Ela vai dar uma volta,
A pequena e radiante flor,
Guarda a chuva e se solta...

Ela está ali... agorinha!
Sozinha ela protege e conforta...
Ou a sombrinha está solteirinha
Ou à espera do seu grande amor (?)



(sobre uma fotografia de Leandro Selister)

domingo, 10 de junho de 2018


Seguiu o que sentia no coração
Viveu o que tinha em sua mente
Sonhou o que os loucos realizam
Enfrentou a sanidade padronizada
Sorriu por acreditar na sua ingenuidade
Chorou quando sentiu falta de tudo isso
Correu riscos quando o perigo era iminente
Voltou para trás antes que chegasse a tempestade
Continuou em frente antes que fosse tarde
Amou a escuridão sem perder o medo
Perdeu o medo contando as estrelas
Conquistou a coragem e a liberdade
Libertou-se de todos os pesadelos
Acordou quando viu que não há limites
Entrou na memória de sua própria vida
Alimentou-se das energias da natureza
Acreditou nas belezas do mundo
Matou a sua própria cede de viver
Seguiu o que sentia em sua mente
Viveu o que tinha em seu coração


foda-se!
(se arrependimento matasse...)

por que vou me preocupar
com o que os outros irão pensar (?)

não vou deixar meus sonhos de lado,
nem se vai haver perfeição.

vou na minha direção,
no meu eu do meu coração.

se vai ser simples
ou se vai ser complicado,
não vou dar meia volta...
vou seguir em frente.

se vou me dar bem
ou se vai ser perigoso,
que mal tem?
foda-se você também!

vou seguir o meu ritmo.
eu vou ser eu e não outro alguém...

o que me atrai é o que eu quero ser.
se vou parecer louco, nem quero saber.

foda-se a critica, a hipocrisia e o ideal que seria...
foda-se. só há um resumo e que se reduz a uma vida.

se vou ficar fraco ou forte,
qualquer aparência me diverte
pois, sei o que reflete em minha mente,
coisas das profundezas...

se vou aparecer vestindo-me bem
ou nu de corpo e alma,
se vou chamar a atenção,
só eu sei... não devo nada a ninguém!

AGIR COM O CORAÇÃO

Eu quis tanto
Mas tanto
Que a coragem
Viesse ao meu encontro
Sei...
Quando ela venho
Já era tarde
O medo que senti
A cada parte
Agora tomou conta
Do meu corpo inteiro


Eu quis tanto
Mas tanto
Acreditar no amor
esse amor verdadeiro
Talvez tenha sido cedo
Tão cedo de mais
Que adormeci
No sono profundo
E quando me acordei
Me vi naquele pesadelo
E que já nem me lembro mais


Essa é a vantagem
De estar acordado
Vivenciar as porradas da verdade
Ela bate com tanta força
Que me faz sentir
Novo em folha
E os amassados ficam curados
Sei que não sou covarde
É apenas mais um gesto
De firmeza de espírito
Pra enfrentar a minha própria estupidez
Não é que eu tenha desistido...
E, ainda nem sei se é de tudo
Ou se é de todos.
Sei que não faz bem, ficar pensando
E pensando dia após dia no que vale apena.
Pra mim há coisas ainda maior,
Bem maior que a própria nostalgia.
Essa coisa de se prender ao passado
Às vezes dói... é como mexer em algo
Que respira em dias de tortura.
Parecido com aqueles momentos de loucura
Mas, passa... sei que passa!
E, aí, a sanidade vem num sentimento tranquilo...
ah, como é bom olhar para as flores!
É quase tudo o que me faz um bem de verdade.
Acho, que elas até me entendem....
E, até como funciona as batidas do meu coração.
As minhas flores não se interessam pela mente humana,
Apenas, sentem a vibração e o fluir das sensações.
Por isso, converso com elas,
Até o momento de elas não me aguentarem mais...
Mas, aí, qualquer coisa, as troco de lugar como um castigo.
E, se é pra castigar, então, que permanecemos em silêncio.
O silêncio é, às vezes, a melhor forma de nos comunicar...
É quase conversar e conversar e conversar, ouvindo
Os murmúrios dos sentimentos.

Ele disse:
- Hoje foi um bom dia.
Ela respondeu:
- pra nós dois... você não acha?
- Sim!?
Respondeu ele, com aquele jeito seu particular de ser:
- A luz do sol, nesses dias frios, tem essa magia de aproximar sentimentos que, muitas vezes, estão adormecidos em algum esconderijo que só o coração compreende.
Acorda!

Há tantas pessoas ao seu redor em situação de rua,
Enquanto os carros passam, elas não são casos raros... 

Enquanto os transeuntes não deixam vestígios,
Elas vivem no meio da multidão. Nessa concretude,
Há uma quietude tão sólida como a solidão.
E, tudo está aí pra quem quiser ver.
Tristes olhares... pedintes que vêm e vão,
Numa liberdade em que todos são reféns.


Tudo está aí pra quem quiser ver...
Todos permanecem abandonados em espaços degradados,
Sob as marquises, nos bancos das praças
Nas portas das catedrais e em todos os lugares.
Os esconderijos, já, não são mais segredos...
Há crianças, homens e mulheres sem medo e sem farsas.
E, há a velhice que, também, depende de alguém...
Dessa ternura pra quem não tem.


A culpa é de quem (?)
Já não há mais como esconder o preconceito
Por detrás do seu olhar...
Da janela você deixa o sol entrar.
E lá fora o tempo corre enquanto a chuva não vem,
À espera dos dias de inverno que virão.
Ainda há tempo pra entender a pobreza extrema.
Ainda há tempo de minorar o sofrimento com a compaixão.


(sobre os moradores em situação de rua)
(tbm, sobre a fotografia de rlcondessa - Tristicidade)

sábado, 9 de junho de 2018


COLETA SELETIVA
*****
Bazar: é uma loja ou barraca
onde se vendem vários tipos de objetos,
principalmente brinquedos e quinquilharias em geral. 
Também, são vendidas antiguidades ou produtos vintage, 
para decoração ou colecionadores.
*****
O bazar teve a sua origem em tempos antigos,
chegando a se tornar cenário de muitas histórias clássicas 
como em "As Mil e Uma Noites".
*****
mas, olhem bem de perto,
aproximem os seus olhares,
não é nenhum bazar beneficente
em contêineres...
*****
talvez se pareça mais com a vida real
uma gíria de Angola ou de Portugal:
"fugir, "correr" - é como uma fuga inesperada
d'uma sociedade, que vive enfurnada no bem material.
*****
mas, olhem bem de perto,
aproximem os seus olhares,
não é nenhum ponto comercial
em contêineres...
*****
é a busca pelo restante da cidade,
pelos resíduos domiciliares.
é o limite entre a loucura e a sanidade (?)
e ainda há, mais que, outros tantos milhares...



(sobre a fotografia de pau_cala - Tristicidade)
JAMAIS PODEMOS DESISTIR!
*****
o amor que mais temos
nos sorrisos contagiantes
os valores da vida
aqueles que jamais ficam distantes
há sempre uma saída
no amor próprio
na felicidade
na humildade
no otimismo
na solidariedade
*****
a coragem que mais temos
diante do adversário
seja no surgimento de uma doença
a esperança é a última que morre
pois, a vida é mais forte
é a união que mais temos
seja destino ou sorte
é o que nos cura
é o que nos torna vencedores
a cada amanhecer
*****
(sobre assunto: câncer de mama - familiar / instagram natacha_quaresma)
EM QUALQUER ESQUINA DE UMA ESQUINA QUALQUER

em uma esquina
a visibilidade é notória
e pode-se ver
os acontecimentos
do cotidiano.
e tudo se torna público,
tão claro como o anoitecer...

em uma esquina
a vida é tão certa,
quanto a morte explícita...
como a desordem que se manifesta,
como a fragilidade humana.
e, que, às vezes, é tão desumana
como o Poder que, finge que não vê...

em uma esquina
a democracia é inegável
assim, como é óbvio a desfaçatez
de quem tem o poder de poder mudar
o mal-estar, o abandono,
de quem precisa de um lar...
ainda bem que, o manifesto é livre!


(sobre a fotografia de marciadigiorgio -Tristicidade)


CIVILIZADOS QUE SOMOS

um olhar sobre tudo isso
que pertence à cidade
o que é civilizado (?)
será essa a urbanidade...

o que queremos além do que já temos?

um olhar sobre tudo isso
e o que nos envergonha
não é só a parte que nos toca
é sabermos que estamos por inteiro...


um olhar sobre tudo isso
e vermos a coragem que nos falta
pra mudar essa condição
e deixarmos esse nosso fingimento.


egoístas que nós nos tornamos
ainda há outras esperanças
vindas de outros altruístas
que não vivem de perdidas ilusões...


(sobre a fotografia de olharesurbanos - Tristicidade)

sexta-feira, 8 de junho de 2018

VOCÊ

Veja
O mar
Como é fácil
Entender as profundezas
A culpa

Há culpa
em meus sentimentos.


Nem é uma desculpa
para os meus desejos.


Mas,
me culpo
não pela metade
e, sim por inteiro...


É que penso
nos elementos
da minha
conduta humana.


A culpa

No que pareceu
Despercebido,

É o meu maior descuido,
É o meu final juízo.
NO SENTIDO GERAL DAS COISAS

Pensar, sentir e agir...
A cada dia me sinto
Mais ou menos afastado
E, às vezes, o tempo
Que, se parece curto
Se torna prolongado.


LOUCURA

Sentimento
Que me causa a sensação
De que nada foge de mim,
De que tudo foge do controle
Da minha razão...


RAZÃO

O que me conduz
É o que me induz
A compreensão (?)
O que deduz
A essa ilação?


...meus reversos andam sem ligação
Nem ser, nem estar
Ou é parecer ou é andar
Ficar no continuar
Permanecer no tornar


A cada dia
Eu sinto uma retirada minha,
Uma diminuição...
Cadê os meus verbos de ligação?
Eu ando à procura de definições.


A humanidade é, hoje em dia,
O maior exemplo de tentar entender
A faculdade de conhecimento intelectual
De sua própria desfaçatez,
No sentido geral das coisas...
VIDE BULA - MORADOR DE RUA

Será que há algum mal entendido?

O lençol térmico pode ser um grande aliado nas noites de inverno...

Entenda como funciona o lençol térmico:
1. O lençol térmico deve ser usado diretamente no colchão, como se fosse um forro;
2. O lençol térmico é formado por duas camadas de tecido que envolvem uma resistência. A resistência parece uma grande serpentina e gera calor para toda a região do lençol. Por ser totalmente encapada, não oferece risco de choque;
3. Por cima do lençol térmico podem ser colocado os lençóis normais e os cobertores;
4. O lençol térmico precisa ficar bem esticado por cima do colchão. Suas extremidades são presas com elásticos firmes, isso garante que o calor seja bem distribuído por toda a área e que não haja um aquecimento excessivo em nenhuma das partes;
5. Existem lençóis térmicos para todos os tamanhos de colchão. E o produto vária de acordo com suas funções;
6. Hoje em dia há lençóis térmicos que possuem duas variações de temperatura. Também, há lençóis sem regulagens (ou seja, somente liga/desliga);
7. Há os lençóis térmicos com ajustes para mais temperatura e, inclusive, com timer para que se possa programar o desligamento;
8. A temperatura máxima que os lençóis térmicos atingem é de 37 graus. E, para atingir o aquecimento, são necessários, em média, 20 minutos.


Manutenção e Cuidados: Vide Bula.

Morador de rua,
Será que há alguma coisa para se entender?
O que mais deseja saber sobre o lençol térmico?
Será que há algum disponível?


(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)

terça-feira, 5 de junho de 2018

PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

pouca ou nenhuma paz,
qualquer lugar é o melhor lugar
pra se viver em degradados locais...

pouca ou nenhuma liberdade,
é quase uma prisão em uma grande cidade
e qualquer verdade, nunca será bem dita.

bendito seja o sono dos justos...

lugares ricos, lugares imundos
perdas e conflitos
caminhos sem rumos

lugares pobres, lugares do mundo
entre uma miscigenada realidade...
preto, branco, cafuzo, mulato, mameluco.

bendito seja o sono dos justos...


(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Liberdade Ou Servidão

Retirar do lixo o sustento
Para o seu próprio alimento...
Coisas do quotidiano.
Será que há algo desumano?

Viver à margem de todos os direitos
Social e trabalhista (?)
Sobreviver a todos os preconceitos.
Será que há um sistema escravagista (?)

Baixar a crista e seguir em frente,
Sentindo o peso da crise elitista
E todo o desprezo presente,
Como se fosse um país segregacionista.

Mas, o caráter do catador de material reciclável
Determina a sua conduta e a sua moralidade,
Mesmo com o descaso da sociedade,
Permanece com a firmeza do bem querer.



(sobre a fotografia de edvandro_de_castro - Triticidade)



domingo, 3 de junho de 2018

ARGUMENTO PRINCIPAL

Quando um
Faz parte do outro,
Constitui-se por inteiro
E, em essência
A natureza do amor.
nunca fui tão diferente
do que sou hoje...
ainda tenho a leveza
como peso maior
BREVE POEMA

Espontaneamente
Apareceu um pensamento
Trazendo-me à imaginação
O bálsamo da paixão
Senti no toque a suavidade
Cheguei até duvidar
Se era coisa formosa
Ou maldita tentação
E mesmo sobre encanto
E uma indescritível perfeição
Aproximei-me com calma
E não querendo mais duvidar
Do que sentia a minha alma
Olhei nas profundezas
Do sonho infinito
E não mais o ignorei
Sem desfaçatez
Com total transparência
Me entreguei e mergulhei
Copiosamente aos beijos
Atrevidos e cheio de amor
Terno e delicado.


Desculpe o meu pérfido olhar
Mas ao teu lado sempre haverá
Outras belezas naturais
O Melhor Amigo...

Conviver com um cão,
Que me acaricia com o focinho,
Diminuí a solidão
Pra viver esse caminho.


Meu lugar
Não está sozinho,
Ter alguém para amar
É confortar o ninho.

Conviver com um cão
É ter o melhor amigo,
Uma doce solução
Pra quem não tem abrigo.

Conviver com um cão
É receber carinho
E um "sorriso"
Inesquecível.

(sobre a fotografia de bschlisting - Tristicidade)

A BELEZA ESTÁ NOS OLHOS DE QUEM VÊ

O que não cinge o corpo
Coroa a nudez...
Enquanto nos acharmos sãos,
Existirá tantos outros loucos...

Há nobreza na nitidez?
Enquanto tudo isso permanecer habitual...
Há fingimento no que se vê?
Enquanto durar a desigualdade social...

...se a cena for privê
melhor assim!
...se a cena for pública
a quem pertence?

O lugar é de todos
E o direito de ir e vir, também...
E quem não tem abrigo
Vive com tudo isso, como refém...

Enquanto as pessoas passam ao largo,
A uma distância considerável,
O descaso continua com gosto amargo
Ao olhos do maior vulnerável.

(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)
TRANSEUNTES

O que não permanece passageiro?
O que não deixa vestígios?


Qual é a medida protetiva?
Qual é a proteção?


Qual é o endereço verdadeiro?
Aqui não há menino-prodígio?


Essa é a lei da natureza que se ativa
Ou é a lei dos homens em contradição (?)


Aqui não há pura beleza...
Será que só a beleza é que chama a atenção?


Enquanto isso a vida continua
Para o pedestre... andante...
Caminhante... passante...

E o abrigo na rua

Acolhe toda a cidade
Infindável... interminável...


Será que há um presságio
Ou será que há uma bomba-relógio,
Prestes a um milagre ou a explodir (?)


O que prediz (?)

(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Existe Vida Dentro Da Minha Boca

Minha boca de trapo
Envenena qualquer mente
E lambe a ferida,
Inoculando mais veneno
Alegremente,
Como se fosse escorpião,
Como se fosse serpente.
Não há secreção pior,
É mais que o suco gástrico.
Devoro as esperanças
E todas as crianças malditas,
Com suas vísceras...
Adoro essa minha acidez
Vinda da minha saliva,
Que corrói dentes
E putrifica os cérebros.
Gosto dessa minha boca
Que devora qualquer parte
E, assim como a arte
Me divirto cuspindo na infelicidade
De quem me execra.