domingo, 10 de junho de 2018

Acorda!

Há tantas pessoas ao seu redor em situação de rua,
Enquanto os carros passam, elas não são casos raros... 

Enquanto os transeuntes não deixam vestígios,
Elas vivem no meio da multidão. Nessa concretude,
Há uma quietude tão sólida como a solidão.
E, tudo está aí pra quem quiser ver.
Tristes olhares... pedintes que vêm e vão,
Numa liberdade em que todos são reféns.


Tudo está aí pra quem quiser ver...
Todos permanecem abandonados em espaços degradados,
Sob as marquises, nos bancos das praças
Nas portas das catedrais e em todos os lugares.
Os esconderijos, já, não são mais segredos...
Há crianças, homens e mulheres sem medo e sem farsas.
E, há a velhice que, também, depende de alguém...
Dessa ternura pra quem não tem.


A culpa é de quem (?)
Já não há mais como esconder o preconceito
Por detrás do seu olhar...
Da janela você deixa o sol entrar.
E lá fora o tempo corre enquanto a chuva não vem,
À espera dos dias de inverno que virão.
Ainda há tempo pra entender a pobreza extrema.
Ainda há tempo de minorar o sofrimento com a compaixão.


(sobre os moradores em situação de rua)
(tbm, sobre a fotografia de rlcondessa - Tristicidade)

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