Mensagens De Amor Próprio

crianças brincam de imaginar,
enquanto, eu sonho, que é possível acreditar...
é tudo um aparente fingimento.
mas, melhor lugar não há.

por favor, não tentem desfazer o irreal...
aqui, cada um é um personagem criado pelo imaginário,
em um mundo fabuloso de uma história surreal.

crianças brincam de acreditar,
que um mundo melhor é possível.
e nada é atrevimento de infância,
é, bem, mais do que a leveza dos seus sorrisos...

por favor, senhoras e senhores,
vamos deixar o mundo em plena paz.
chega de guerras pois, a vida ainda é bela...

crianças brincam de serem crianças,
homens e mulheres acreditam na esperança,
loucos sonham com a saúde mental,
anjos e demônios na luta pelo bem astral...

por favor, deixem os pássaros livres,
deixem as pessoas se amarem,
deixem os poemas em suas almas, tocarem,
deixem a natureza e seus corpos respirarem.

AOS DESAVISADOS

o que me causa estranhamento,
é, eu, não me estranhar mais.
é como se fosse veneno doce
que mata aos poucos...

aos desavisados,
quero que saibam,
que não tenho tempo,
nem passa-tempo...

ando, desafiando os vermes
que habitam na minha mente.
esses seres indecentes,
que provam do meu sangue.

o que me causa estranhamento,
é esse interesse
por coisas alheias...
curiosidade talvez?

um caminho sem volta?
será uma experiência científica,
produzida insanamente,
sem o uso de substâncias tóxicas (?)

aos desavisados,
sou de viver naturalmente
e, por isso, não haverá espantos,
apenas o despertar do meu inconsciente...

ERA MESMO UM SONHADOR...

Eu sei que um dia
Eu vou acordar
No silêncio
E nesse dia
A noite não passará
De um escuro
Sem estrelas

Eu sei que um dia
Eu vou dormir
Sem o teu beijo
E nessa solidão
Qualquer sentimento
Será apenas
Mais uma ilusão

Todo mundo
Pode não acreditar
Mas nada vai me fazer mudar

Amor assim mais não há
A vida tem dessas coisas
De deixar tudo como está

Eu sei que um dia
O sonho vai acabar
E só haverá a realidade
Como se fosse a verdade
De quem nunca quis tê-la
Tão sincera
Tão vazia

Eu sei que um dia
Só restará saudades
Do que um dia pareceu ser feliz
Do que um dia parecia felicidade
De quem sempre quis tê-la
Pra sempre
Eternidade

Todo mundo
Pode acreditar
O que passou passou

Dor assim mais não há
A vida tem dessas coisas
De deixar a vida passar

Quem Te Viu
Quem Te Vê
...

tão largo
o lago
profundo
que chega
a ser anuviado
como se fosse
espelho turvo
agitado
e no raso
o claro
iluminando
o reflexo
do pássaro
raro
que sobrevoa
o mundo

quem te viu
quem te vê

no passado
era tu
e
era eu
lado a lado
o que mudou
tão rápido
aquele amor
agora
tem um novo
significado
no coração
faz sentido
é como o acaso
pro destino
e...

O POVO INTEIRO
(pandemia)

um vírus se espalhou
e libertou, toda, a nossa insanidade.
cadê a dignidade
que surtou?
cadê os elogios à vaidade?
agora, já, é tarde.
a saudade que ficou
de um mundo admirável.
passou de uma verdade,
para uma aparência ilusória.

um vírus nos levou,
como o vento que na porta bate,
invadindo sonhos e realidades...
o tempo não perdoa,
nem aqueles que andam à toa.
e há quem diga,
que, ainda, vale apena
acreditar na humanidade...
alerta, alerta,
ao gran finale...

um vírus aterrissou,
como um objeto voador não identificado...
roubou a vida
e a poesia,
deixando no ar
a poeira d'alma vazia.
e tudo ficou vão...
cadê a intelectualidade?
cadê a razão?
e há quem diga que, há esperança do fundo do coração.

Impossível Amor

o que há
por detrás
do seu olhar,
homem
do outro lado?
enigma
que me fascina,
Mona Lisa
Mona Lisa

quem é que explica,
enquanto
o seu olhar,
me vigia,
homem do outro lado (?)

o que há
por detrás
do seu olhar,
Mona Lisa
(Leonardo Da Vinci)?
esfinge 
que devora,
Homem do outro lado
Homem do outro lado

quem há de decifrá-la,
enquanto
o seu olhar
me vigia,
mona lisa (?)


(sobre a fotografia de Leandro Selister, "Amor impossível | Imposible love"

Por Mais Que Seja Amor
Amar Não É Qualquer Sentimento

Você finge que está tudo bem
E eu fujo pra não ser refém.
Parece, assim, tudo normal
Mas, é, tão, real e artificial...

Você se acostumou com a vida que tem
E eu, ainda, tentando entender o que somos (?)
Será que faz sentindo ficarmos brincando de vai e vem?
Qualquer esconderijo é um engano. É no lugar que estamos...

Você sente que nada está perdido
E, eu consigo achar mais do que isso.
Talvez, seja, eu que me perdi do seu caminho.
E você sempre soube, que não há mais carinho.

E eu, é, que me sinto culpado,
Por acreditar em nossas falsas esperanças:
Você fingindo de um lado
E eu vivendo antigas lembranças.

Você e eu não erramos de fato,
Apenas, vivemos um amor intenso
E, que aos poucos foi desaparecendo,
Como tudo que é verdadeiro.

Agora não há mais tempo,
Nem pra disfarce, nem pra fingimento...
Agora, vamos viver um novo momento.
E o que ficou de bom permanecerá no eterno.

IDOS ANOS

Não tinha muita grana no bolso
Mas tinha muita curtição
Não tinha responsabilidades
Mas tinha amizades sinceras
Não tinha hora nem tempo
Mas tinha momentos pra ouvir a canção
Não tinha amores eternos
Mas tinha sentimentos de coração
Não tinha remédio pra solidão
Mas tinha grandes paixões
Não tinha cura pra realidade
Mas tinha sonhos de montão
Não tinha imagens digitais
Mas tinha a velha arte

IDOS ANOS
A GENTE ERA FELIZ
MAS NÃO SABIA...

tempos que não voltam mais
tempos que não voltam
tempos que não
tempos que
tempos
...

Menina-dos-olhos

Toda deslumbrada...
Um olhar bendito
De quem nunca foi maculada (?)

Toda amor
E sobre o lençol,
Eternas vermelhas flores.

Toda vida,
Mais que todo instante,
Pra sempre querida.

Toda sinfonia
Entrelaçando luz das estrelas,
Paixão e felicidade infinita.

Toda doçura,
Sorriso contagiante,
Elevando aos céus, às alturas.

Toda hora,
Lua e sol no fundo d'alma
E, às vezes, gotas de orvalho...


(obs: é provável que este poema, já, esteja nesta página. Fiz uma correção na frase: "
De quem nunca foi maculada (?)" anteriormente estava: "De que...")

AGUENTOU UMA VIDA
DE INFELICIDADES E DESDITAS

há tormentos
que nos levam
de volta
para o berço
enquanto
a verdade cega
outros sentimentos

há tormentos
que o tempo
não esquece
e quando
a gente cresce
vêm
como o firmamento

há tormentos
que elucidam
o quanto
há de loucura
a cada momento
tanto na paixão como na razão
são sofrimentos

há tormentos
que vêm e que vão
sem saber
qual é a direção
tanto no amor como na solidão
são acontecimentos
efêmeros ou não

há tormentos
na alma
e no coração
na carne
e na imaginação
na vida e
na morte

há tormentos
malditos
no homem-cão
que mesmo na sensação de alívio
não pede perdão
que pena
desditas

ESBOÇO

Estou na linha do tempo,
Nesse caminho que me consome,
A todo o momento...
É como se fosse o monstro que, há em mim,
Vem e me devora, dia a dia.
Desde criança, sentia o vento
Que venta, até hoje, em meu pensamento,
Sempre querendo me levar,
Sem qualquer disfarce,
Para o esconderijo
(um lugar igual não há)
Em que o meu olhar encararia a minha face...
Corri, por muito tempo em busca de uma outra saída
Mas, eu chegava sempre tarde
E nunca era verdade,
Era, apenas, mais, um sonho de infância
Que nunca se sabe...

SABER O MELHOR CAMINHO

O mundo anda, tão, doente...
Temos que refletir o quanto fazemos parte desse mal.
Mas, não podemos deixar de acreditar
Que, tudo vai passar em breve.
E, tão, logo, já, estaremos bem...
Somos os sonhadores de sempre.
Sabemos, que o amar um ao outro, nos traz o bem querer.
E, é, na realidade, o que sempre vence!
Vamos acreditar na força da ciência
E com a fé, vindo das estrelas ou do interior de cada um.
Assim, seremos um só em pensamentos positivos
Pois, saberemos o melhor caminho
Pra seguir na nossa existência.
Não vamos duvidar da mãe natureza
Pois, fazemos parte dela.
E, se, é dela que a febre nos acomete,
Também, é dela a cura que nos cerca.
Já, vencemos outras tantas guerras
E, agora, vamos vencer mais essa batalha.
Vamos ter fé na ciência
Que, sempre, será o melhor caminho para a humanidade,
Tratar e curar as doenças que nos fragilizam...
Frágeis corpos, almas e mentes, que somos.

FRUÍDO FLUÍDO

tanto na noite
como no dia

corações dilacerados
e amores partidos

tanto na noite
como no dia

corações apaixonados
e amores libidos 

Enquanto isso
Os reis maltrapilhos
Brincam com seus falsos sorrisos
De pobres das luxurias

Enquanto isso
Os bem-aventurados
Desfrutam de um paraíso
De santos fictícios 

tanto na noite
como no dia

a loucura que encanta
traz uma certa nostalgia

tanto na noite
como no dia

a vida é quase um sonho
que a todo momento se distancia 

Enquanto isso
Ele afasta-se
De tudo
Em busca de um novo mundo 

Enquanto isso
Ela vai à luta
Na árdua labuta
Pra conquista do espaço (do seu espaço)

imagens são
imaginação
televisão
cartão de memória
animação
vida real

Às vezes
O meu pensamento
É como se fosse
Uma sala de vídeo
Reproduzindo vídeos
No momento

Outras vezes
Eu vejo
A realidade
Sem imagens
Analógicas
Ou digitais

A vida
É o principal movimento
Artificialmente tecnológico
A morte
É a impressão do movimento
Naturalmente estático

OUVIR A VOZ
DO CORAÇÃO

me diga
coisas assim
coisas que eu não tenha que ouvir
apenas sentir

então me diga
como sentir
sem ter que ouvir
coisas assim

sinto em teu olhar
como a alma escuta
e é assim que ouço
a voz do teu coração

dizer que te amo
pra sentir o que somos
sentir que me ama
pra dizer que nos amamos

me diga coisas assim
como se fosse o amor sem fim 
são assim que os corpos sentem
é como se sente a voz da essência da vida

HISTERIA COLETIVA DOS MEUS EUS

Em desespero, busquei na parte
Do meu corpo, o meu mundo inteiro
E mesmo sentindo as dores
De sentimentos profundos,
Encontrei, envolto à alma
Um ser, ainda, mais louco...

Humano que sou,
Às vezes, sou, tanto objeto do demônio
E, outras vezes, sou, como anjo histérico:
Tão cego,
Tão surdo,
Tão mudo.

Um ser com medo
Da guerra,
Da fera,
Da perda,
Da solidão,
Da anestesia do sim e do não...

Mas, mesmo assim, sobrevivi
Daquilo que me perseguia,
Paranoia que me mataria.
Histeria em vão,
É algo, tão, diverso e estranho,
Que surge nesses versos, que me causam a confusão.

Festa popular da Arte.

Por detrás das máscaras,
As moças festivas,
Encantam com seus olhares fatais,
Trazendo amor e alegria,
Poesia e magia,
Em cantigas de carnavais...
São tão profanas e divinas,
Com caras de euforias angelicais.
E, lá, vão indo elas, desfilando fantasias,
Como as bailarinas da folia,
Entre becos e esquinas,
De noite e de dia,
Chamando nos sorrisos,
Com muito carinho e paz,
Avisos e improvisos,
Pra quem ficou, ficou...
Pra quem vai, vai...

(sobre pintura de Vitório Gheno e fotografia de Nádia Raupp Meucci)

Causa necessária

'eu só tenho uma vida
esse é o meu mundo por inteiro
além de um destino que me trai'

destino nem sempre é algo verdadeiro
pois a minha vida é repleta de acasos
e coisas sem nenhum significado

ontem
mudei de rumo
segui sem direção

hoje
foi diferente
pior e sem razão

amanhã
só a Deus pertence
ateu que sou

O QUE É MAIS DO QUE O INFINITO?

Eu me pergunto
Se eu fui tocado
Por algo infinito
Que eu tentei imaginar

Não há nada
No infinito infinito
Além do finito
Que eu possa acreditar

Se tudo é possível
Como o impossível
Desejo de amar
O amor que não existe mais

ah, eu sei
que nesse caminho
eu volto sozinho

ah, se há o infinito
maior do que o maior dos infinitos
quanto tempo da minha vida levará

eu só tenho uma vida
esse é o meu mundo por inteiro
além de um destino que me trai

ONDE TU ESTÁS?

És tu,
Poeta da Via Láctea,
Que na luz nos dá,
Sentidos
E, insana consciência.

És tu,
Poeta da Via Láctea,
Que das centelhas,
Feitas de estrelas,
Cria universos de poemas.

És tu, Poeta,
Que inventa brincadeiras
De pirilampos,
Que dançam em versos
À noite inteira.

És tu, então,
Um certo brincalhão
Onde a solidão é o menor silêncio,
Das palavras sinceras,
Que encantam as nossas ilusões.

És tu, louco poeta,
da lucidez completa,
que surge nos meandros
dos desejos
como, se fosse, poeira cósmica.

És tu, Poeta,
O barqueiro que navega
No esconderijo da memória
E rouba segredos,
Das imaginações transitórias.

És tu, Poeta,
O grão que constroi,
Castelo de areia
Que nunca desmorona,
Que permanece na paixão eterna.

Loucos Anos

Das certezas das guerras
Da incerteza da paz
Viver o presente
Nunca será demais

E eu aqui

André Breton
Salvador Dali
Max Ernst
René Magritte
Joan Miró

E eu aqui

Das imperfeições
Eu sou a que mais prefiro
E a quem possa interessar
Não uso filtro
Pode até parecer ridículo
Mas ainda me sinto real
Na realidade paralela
Mesmo que a minha vida
Se pareça marginal
Sem sentido
Não trafico ideias
Nem de modo mais restrito
Prefiro o surrealismo
Pois o meu instinto
É o meu desejo
E tenho dito
Ao meu livre pensamento
Às vezes coisas absurdas
Ou coisas de corações partidos
Talvez por ser na solitude
O meu maior amparo
Ou quem sabe o meu próprio esconderijo
Psíquico

E eu aqui

SERÁ QUE O TEU CORAÇÃO
ESTÁ BATENDO POR ALGUÉM?

É legal deixar no ar,
Coisas pra se dizer,
Que depois não se consegue explicar...

Não é legal acreditar
Em outras versões que ficam no ar,
Parecendo ecos sem nomes...

Às vezes é fácil ficar escondido,
Esperando um outro sentido pra se mostrar.
Outras vezes é difícil entender o subentendido...

É legal deixar no ar
Um certo sorriso incerto,
Querendo algo a mais por perto...

Não é legal sonhar,
Além do limite que há...
É como ir, tão, distante e nada encontrar.

SERÁ QUE O TEU CORAÇÃO
ESTÁ BATENDO POR ALGUÉM?
Ou será um outro significado pra quem possa interessar (?)

TEÓRICO E PRÁTICO

O que eu quero
Naquilo que eu espero
O que eu espero
Naquilo que me toca
Qualquer sentimento
Que bate em minha porta

Faz-se o verso

O que eu penso
Naquilo que eu invento
O que eu invento
Naquilo que me importa
Tão puro como lamento
Ganhar ou perder no troca-troca

Faz-se o inverso

Se há tempo hábil
O conhecimento poderá ser profundo
Se desperta o deplorável
O conhecimento raso poderá ser estúpido
E o nada também poderá estar no tudo
E quem sabe seja o limiar da loucura do lúcido

Faz-se a luz

Versos Livres, Versos Soltos

Qualquer esquema que me faça
de refém,
Por mais que as portas e as janelas
fiquem escancaradas,
Não contem comigo.
E, não tentem me conter...
Não me interesso por mais um abismo.
Se faço planos, eu mesmo os executo.
Não pago promessas,
Nem me interessa, andar em companhias
de dívidas.
A minha vida, nem sempre anda em linha reta.
Não é um livro de páginas abertas.
Há tantas curvas... algumas indecentes,
Porém, me contento com a veracidade
dos fatos.
Não invento o que não consigo criar
Não há poema mais belo,
que diz à liberdade: versos livres
pra sonhar!
Algo parecido com a cor branca.
Mas, é no escuro infinito que brilham as estrelas...
Qualquer esquema que me deixa solto,
Que não restrinja os meus movimentos
E, que a minha imagem mental
possa fluir na tranquilidade,
Então, eu faço parte.
Mesmo que haja imperfeições,
Mas, que tenha nas virtudes o bem querer.
Nada de falsidade, apenas a vontade
de que vale, ainda, viver em paz.