terça-feira, 24 de março de 2020

O POVO INTEIRO
(pandemia)


um vírus se espalhou
e libertou, toda, a nossa insanidade.
cadê a dignidade
que surtou?
cadê os elogios à vaidade?
agora, já, é tarde.
a saudade que ficou
de um mundo admirável.
passou de uma verdade,
para uma aparência ilusória.


um vírus nos levou,
como o vento que na porta bate,
invadindo sonhos e realidades...
o tempo não perdoa,
nem aqueles que andam à toa.
e há quem diga,
que, ainda, vale apena
acreditar na humanidade...
alerta, alerta,
ao gran finale...


um vírus aterrissou,
como um objeto voador não identificado...
roubou a vida
e a poesia,
deixando no ar
a poeira d'alma vazia.
e tudo ficou vão...
cadê a intelectualidade?
cadê a razão?
e há quem diga que, há esperança do fundo do coração.

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