Num Pesado Pesadelo
A Casa é Santa...
É praça do lar doce lar?
Qualquer graça
Requer acreditar que algo é possível,
Mesmo na desgraça
Ou na maneira de se ver.
O dia a dia passa...
...passa tudo o que deixa de ser.
Não há mais palavras
Pra poder dizer sobre a pobreza
E o mal real de assim se viver...
O corpo quando sente as agruras
É porque a mente, já, nem consegue
Chamar a vontade, pra se fortalecer...
Pois, não há mais doçura, nem viço
Então, só resta o banco do descanso
Já, não há mais algemas rígidas,
Nem o que nutre a violência...
Apenas, há a sombra de uma árvore
Que, ainda protege a alma tristonha.
É o que há demais perigoso e fatal...
Essa é a solidão, que culpa e pune
A carne encharcada de suor e lágrimas,
Onde o peso da cabeça cai sobre a consciência.
(baseado na fotografia de Leandro Selister - tristicidade)
segunda-feira, 30 de abril de 2018
domingo, 29 de abril de 2018
CONTÊINERES DE LIXO
(mais uma condição pra se viver na rua)
(mais uma condição pra se viver na rua)
impacto!
ora compaixão,
ora repressão.
ora compaixão,
ora repressão.
decifra-me
que te devoro
entre vários corpos.
que te devoro
entre vários corpos.
O que há
dentro da boca da esfinge,
Além dessa qualidade imunda de vida?
dentro da boca da esfinge,
Além dessa qualidade imunda de vida?
há só cascas e restos...
pó de café, erva-mate
e papéis sujos.
pó de café, erva-mate
e papéis sujos.
há de tudo um pouco,
sobras de comida...
...resíduos orgânicos
sobras de comida...
...resíduos orgânicos
e há todo o restante da cidade,
que vem e que vai do Centro até o Bom Fim
pra dentro do que será de mim.
que vem e que vai do Centro até o Bom Fim
pra dentro do que será de mim.
é somente o que será de mim...
enquanto o Moinhos de Vento gira,
são tantos contêineres girando por aí
enquanto o Moinhos de Vento gira,
são tantos contêineres girando por aí
o que há dentro da boca da esfinge,
é o que não quer salvar... o que será?
um Menino Deus ou uma Santa Cecília.
é o que não quer salvar... o que será?
um Menino Deus ou uma Santa Cecília.
será que há uma travessia
por onde eu ando sem pressa...
um Rio Branco que não passa na Floresta.
por onde eu ando sem pressa...
um Rio Branco que não passa na Floresta.
será que há uma trégua
na ponte da Azenha...
Farroupilha ou Independência.
na ponte da Azenha...
Farroupilha ou Independência.
será que Santana era Santa Ana,
um lugar da minha infância
ou da minha mendicância?
um lugar da minha infância
ou da minha mendicância?
o que pode mudar quando se vive nas ruas,
sendo engolido pelas bocas de contêineres
à procura de alguma esperança?
sendo engolido pelas bocas de contêineres
à procura de alguma esperança?
(sobre a fotografia de Fernanda P Pedroso - treisticidade)
NO LEITO QUE SEGUE A TUA VIDA
à margem das agruras
e sem viço
qualquer instante é doçura
como um sonho louco
diante do sorriso da lúcida loucura
e sem viço
qualquer instante é doçura
como um sonho louco
diante do sorriso da lúcida loucura
tudo é bem pouco
diante do meu corpo
que bem mais sucumbe
quanto as batidas do coração
se a razão não posso ter - permaneça a magoa
diante do meu corpo
que bem mais sucumbe
quanto as batidas do coração
se a razão não posso ter - permaneça a magoa
rápido como sempre me dão
a compaixão e logo me reprimem
nem sim, nem não
apenas as sobras de comida
é que me libertam da prisão
a compaixão e logo me reprimem
nem sim, nem não
apenas as sobras de comida
é que me libertam da prisão
e mesmo que a vida passe
na velocidade absurda
dos automóveis estacionados
quando eu me acordar
ainda haverá sobre o meu rosto, olhares maldosos
na velocidade absurda
dos automóveis estacionados
quando eu me acordar
ainda haverá sobre o meu rosto, olhares maldosos
(sobre a fotografia de Regina Veiga 2 - triticidade)
o espetáculo vai começar!
(panem et circenses)
(panem et circenses)
...e que venha a resistência:
soltem os gladiadores e as feras
no palco do arena.
soltem os gladiadores e as feras
no palco do arena.
o que há em cima?
ainda há a beleza em cena,
na estrutura de concreto armado
ainda há a beleza em cena,
na estrutura de concreto armado
o que há em baixo?
as tristes figuras de um fiel retrato...
é o espetáculo da política do descaso.
as tristes figuras de um fiel retrato...
é o espetáculo da política do descaso.
não fechem os olhos,
há tantas vidas lá fora
debaixo de caixas de papelões e compensados.
há tantas vidas lá fora
debaixo de caixas de papelões e compensados.
não abra as portas
pra quem investe nesse horror de espetáculo.
faça do seu corpo o efeito... o ato.
pra quem investe nesse horror de espetáculo.
faça do seu corpo o efeito... o ato.
por mais que doa,
não pense na censura,
nem na ditadura.
não pense na censura,
nem na ditadura.
por mais que doa,
faça de sua palavra
a arma mais dura.
faça de sua palavra
a arma mais dura.
nas ruas, nas calçadas,
nos viadutos, nos bancos das praças,
existem moradores à beira da desgraça.
nos viadutos, nos bancos das praças,
existem moradores à beira da desgraça.
então, chega!
vamos dar um basta...
deem as mãos.
vamos dar um basta...
deem as mãos.
então, chega!
vamos iluminar as escadarias.
nem circo, nem pão.
vamos iluminar as escadarias.
nem circo, nem pão.
vamos dar abrigo
à quem precisa de um novo mundo pra viver.
...pra quem nunca ganhou e sempre soube o que é perder.
à quem precisa de um novo mundo pra viver.
...pra quem nunca ganhou e sempre soube o que é perder.
vamos dar amor e paz
pra quem precisa se libertar da "coisa pública"
da coisa que nada oferece aos moradores de rua.
pra quem precisa se libertar da "coisa pública"
da coisa que nada oferece aos moradores de rua.
(sobre a fotografia cctvnow - triticidade)
PARE!
Pare!
Isso é mais que barbárie.
Isso é mais que barbárie.
Agora
O sinal está no vermelho.
O sinal está no vermelho.
O posso está transbordando,
Tomando a alma de um velho guerreiro.
Tomando a alma de um velho guerreiro.
Pare!
Não siga em frente,
Ainda há sentimentos contidos no peito.
Não siga em frente,
Ainda há sentimentos contidos no peito.
Agora
Há um olhar igual ao seu,
Que sente o mesmo com a sensibilidade de uma flor.
Há um olhar igual ao seu,
Que sente o mesmo com a sensibilidade de uma flor.
O corpo que está caído
Sente todos os queixumes do tempo
E todas as emoções que habitam em nossos corações.
Sente todos os queixumes do tempo
E todas as emoções que habitam em nossos corações.
sbs
(sobre a fotografia de Leandro Selister - tristicidade)
EXAUSTÃO
Meus pés encharcados
São como os meus cílios.
E a rigidez dos meus olhos,
Acalmam a alma do meu coração.
São como os meus cílios.
E a rigidez dos meus olhos,
Acalmam a alma do meu coração.
Meu descanso é o da hora
E a qualquer hora eu paro em vão
Pois, meus sonhos são tristonhos.
Não há mais céus, apenas o fel do chão.
E a qualquer hora eu paro em vão
Pois, meus sonhos são tristonhos.
Não há mais céus, apenas o fel do chão.
Mas, apesar de tudo, ainda assim, sou sutil.
E mesmo que o vazio de pensamentos,
Vague em meus sentimentos
Eu os encho de desejos, sem querer ferir alguém.
E mesmo que o vazio de pensamentos,
Vague em meus sentimentos
Eu os encho de desejos, sem querer ferir alguém.
(sobre a fotografia teka_sp88 - tristicidade)
DURMA EM PAZ
Há um Deus que condena
Qualquer delito.
E, é quem enche os céus
Com anjos malditos (?)
Qualquer delito.
E, é quem enche os céus
Com anjos malditos (?)
Será que o perdão é a cura
E quem é que nos eleva as alturas?
Será o mesmo que nos dá a queda livre
Pra livrai-nos das dores.
E quem é que nos eleva as alturas?
Será o mesmo que nos dá a queda livre
Pra livrai-nos das dores.
O caminho é bruto
E o sossego no ninho
Parte o silêncio,
Despertando o canto das blasfêmias.
E o sossego no ninho
Parte o silêncio,
Despertando o canto das blasfêmias.
E no doce recanto
Das escadarias eternas,
Soam as blandícias
Dos tempos efêmeros.
Das escadarias eternas,
Soam as blandícias
Dos tempos efêmeros.
Pobre homem que se cobre do frio
Qual foi o crime que você cometeu?
Qual é a lei pra esse perpétuo martírio
Será por ser um livre ateu (?)
Qual foi o crime que você cometeu?
Qual é a lei pra esse perpétuo martírio
Será por ser um livre ateu (?)
(sobre a fotografia de Elisa Faccioli - tristicidade)
sexta-feira, 27 de abril de 2018
Transitar no intransitável
identifico o risco
mas, não consigo eliminar
esse é o resultado do descaso
é mais um buraco
e após o colapso
ninguém pode escapar
mas, não consigo eliminar
esse é o resultado do descaso
é mais um buraco
e após o colapso
ninguém pode escapar
identifico por onde passo
e a cada passo há um buraco a mais
e mais um e um do outro e outro do um
é o tempo e é o espaço
na insegurança da segurança
entre a cor preta e a faixa branca
e a cada passo há um buraco a mais
e mais um e um do outro e outro do um
é o tempo e é o espaço
na insegurança da segurança
entre a cor preta e a faixa branca
identifico a sinalização
cuidado com o perigo
que se inicia com um inexpressivo buraco
e se torna o maior abismo no coração
é mais um aviso bem no caminho
cuidado com a asfáltica pavimentação
cuidado com o perigo
que se inicia com um inexpressivo buraco
e se torna o maior abismo no coração
é mais um aviso bem no caminho
cuidado com a asfáltica pavimentação
(sobre foto de Elisa Faccioli - tristicidade)
PAISAGEM DA POESIA CONCRETA
Quero abandonar
meu destino
pra novamente poder
sentir a luz do sol
meu destino
pra novamente poder
sentir a luz do sol
Quero acreditar
no acaso
pra não envelhecer
sem sentir o tempo passar
no acaso
pra não envelhecer
sem sentir o tempo passar
Quero, é andar pelas ruas
sem ter que me esconder
pelas calçadas
encoberto de solidão
sem ter que me esconder
pelas calçadas
encoberto de solidão
Quero, é só um afago
de um abraço
e não de um pardo papelão
de um presente caro
de um abraço
e não de um pardo papelão
de um presente caro
Quero me sentir vivo
como as rosas flores
Quero me sentir limpo e verdadeiro
como as cores... as cores, as cores...
como as rosas flores
Quero me sentir limpo e verdadeiro
como as cores... as cores, as cores...
(baseado em fotografia de Soraya Girotto- Tristicidade)
ACOLHIMENTO
Por um momento
eu descanso em paz...
...e que paz?
eu descanso em paz...
...e que paz?
Em meu peito
arde sede, arde fome,
enquanto as folhas secas
se movem...
,,,movem-se, levando as horas.
Aquelas horas que o tempo
é incapaz de perdoar.
arde sede, arde fome,
enquanto as folhas secas
se movem...
,,,movem-se, levando as horas.
Aquelas horas que o tempo
é incapaz de perdoar.
Meu maior pesadelo
é o meu maior sustento.
é o meu maior sustento.
sacos pretos
sacos pretos
sacos pretos
Por um momento
a calçada é o meu berço.
a calçada é o meu berço.
sacos pretos
sacos pretos
sacos pretos
Por um momento
o meu coração adormece
nos braços estendidos
desse colchão de solteiro.
o meu coração adormece
nos braços estendidos
desse colchão de solteiro.
Por um momento
?será que Deus está vendo.
Mas, o teu olhar eu sei...
Eu sei do frio e da falta de acolhimento.
?será que Deus está vendo.
Mas, o teu olhar eu sei...
Eu sei do frio e da falta de acolhimento.
(baseado em foto de Leandro Selister - Tristicidade)
terça-feira, 24 de abril de 2018
Campos Neutrais
Existe dentro de mim
Uma faixa de terra desabitada
E que fica mais para o sul
Uma faixa de terra desabitada
E que fica mais para o sul
Existe dentro de mim
Uma imensa esperança
Cuja a posse não pertence a ninguém
Uma imensa esperança
Cuja a posse não pertence a ninguém
É como um coração
Que não se prende
Que não se prende
É como uma a alma em flama
Gerando luz para sempre
Gerando luz para sempre
Existe dentro de mim
Um caos à espera de um princípio
Que gere novas sementes
Um caos à espera de um princípio
Que gere novas sementes
Existe dentro de mim
Dois países que evitam o confronto direto
Sou exército da paz e sou exército da guerra
Dois países que evitam o confronto direto
Sou exército da paz e sou exército da guerra
É como a criação do universo
Entre a desordem do infinito
Entre a desordem do infinito
É como estar vivo entre os Campos Neutrais
E do outro lado dos Campos Elísios
E do outro lado dos Campos Elísios
segunda-feira, 23 de abril de 2018
ENFIM
O FIM É PRA SE REVIVER
MOMENTOS AFINS
QUE SE VIVEU TRISTE OU FELIZ
O FIM É PRA SE REVIVER
MOMENTOS AFINS
QUE SE VIVEU TRISTE OU FELIZ
Como é nobre a beleza humana
Ainda mais quando ela nasce linda
Linda e linda...
E como pode essa flor magnifica
Se transformar em uma forma física
Quase que desconhecida...
Ainda mais quando ela nasce linda
Linda e linda...
E como pode essa flor magnifica
Se transformar em uma forma física
Quase que desconhecida...
Me diga vida
...me diga?
...me diga?
Ainda sinto em minha alma
O reflexo da imagem do espelho
Como a minha pele era pura seda
Ao olhar da lua serena...
O reflexo da imagem do espelho
Como a minha pele era pura seda
Ao olhar da lua serena...
Me diga vida
...me diga?
...me diga?
O tempo é implacável
E eu mais ainda...
Me diga vida... me diga
Livrai-me dessa obsessão
Esse apego de querer ser só aparências
Livrar-me desse espírito de cão
E eu mais ainda...
Me diga vida... me diga
Livrai-me dessa obsessão
Esse apego de querer ser só aparências
Livrar-me desse espírito de cão
Só quero luz e cor em minha alma
Só quero o calor e a cura
Só quero o riso e o beijo
Só quero o abraço e o amor
Só quero o calor e a cura
Só quero o riso e o beijo
Só quero o abraço e o amor
Me diga vida
...me diga?
...me diga?
domingo, 22 de abril de 2018
MODELO VIVO
(moradores de rua)
(moradores de rua)
A face já não é mais oculta,
Nem tão pouco dar a outra face
Irá redimir alguém...
Nem tão pouco dar a outra face
Irá redimir alguém...
Não há mártir pra sufocar
A tristonha humanidade
Que se nutre da agonia sombria
Do seu criado-mudo...
A tristonha humanidade
Que se nutre da agonia sombria
Do seu criado-mudo...
Amém!
Os nossos olhares que vagam
Como se não vissem mais ninguém,
Escapam das feridas abertas.
Como se não vissem mais ninguém,
Escapam das feridas abertas.
Levanta-se a cabeça
E as visões são as mais preciosas
Que se têm...
...vestidos suntuosos e frascos de perfumes
E as visões são as mais preciosas
Que se têm...
...vestidos suntuosos e frascos de perfumes
Meu bem!
A face da Tristicidade invade infinitamente
Os corações e as mentes
De quem vai e de quem vem...
Os corações e as mentes
De quem vai e de quem vem...
É assim que o pobre abraçado
Em um cobertor amarelo encharcado
De suor, lágrimas e sonhos partidos,
Sonha acordado em mais um suicídio.
Em um cobertor amarelo encharcado
De suor, lágrimas e sonhos partidos,
Sonha acordado em mais um suicídio.
Tristicidade
Que se expande pelas calçadas,
Com móveis de compensados
Sofás e travesseiros
Antes inutilizados...
O chão é a casa das portas e das janelas
Abertas.
E o ser humano que ali sobrevive
Como se fosse uma esfinge,
Como se fosse parte da viva vitrine,
Como se fosse a parte de nosso lixo...
Que se expande pelas calçadas,
Com móveis de compensados
Sofás e travesseiros
Antes inutilizados...
O chão é a casa das portas e das janelas
Abertas.
E o ser humano que ali sobrevive
Como se fosse uma esfinge,
Como se fosse parte da viva vitrine,
Como se fosse a parte de nosso lixo...
...nada mais é
do que nunca
ter sido.
do que nunca
ter sido.
ah, Tristicidade...
(baseado em uma fotografia de Leandro Selister em Tristicidade)
sábado, 21 de abril de 2018
SECRETOS TORMENTOS
Sentiu-se em completo abandono,
Longe de tudo, longe do mundo.
Abraçou-se à solitude do seu eu introspectivo
E sem ter o amor por perto, mesmo nas horas incertas,
Ficou somente na vontade de uma certeza: a saudade.
Sutil como todos os seus sentimentos, viu-se mais partido...
Mas, como sempre se manteve em paz,
Por mais que a dor fosse o seu algoz,
Percorreu os caminhos que cruzam o abismo sentimental.
E, lá, encontrou a estranha criatura, mesmo que impura,
Ela o alimentou com água, terra, fogo e ar...
E nunca mais, ele, voltou a ser uma alma entristecida
Ergueu-se novamente e foi atrás dos sonhos impossíveis.
Longe de tudo, longe do mundo.
Abraçou-se à solitude do seu eu introspectivo
E sem ter o amor por perto, mesmo nas horas incertas,
Ficou somente na vontade de uma certeza: a saudade.
Sutil como todos os seus sentimentos, viu-se mais partido...
Mas, como sempre se manteve em paz,
Por mais que a dor fosse o seu algoz,
Percorreu os caminhos que cruzam o abismo sentimental.
E, lá, encontrou a estranha criatura, mesmo que impura,
Ela o alimentou com água, terra, fogo e ar...
E nunca mais, ele, voltou a ser uma alma entristecida
Ergueu-se novamente e foi atrás dos sonhos impossíveis.
sexta-feira, 20 de abril de 2018
Gênio Poético
Embriaguez
É quando me sinto
Humano destroçado
Pelos caminhos tortos
Que meu corpo sólido
Erra...
...erro a cada passo
É assim...
É quando me sinto
Humano destroçado
Pelos caminhos tortos
Que meu corpo sólido
Erra...
...erro a cada passo
É assim...
Espirito agônico
De alma velha
Me submeto
Ao que me agita
E me deixa inquieto
Esse ruído de vozes
De alma velha
Me submeto
Ao que me agita
E me deixa inquieto
Esse ruído de vozes
Esses remorsos versos
Que me culpam
Em êxtase
O meu estranho humor
Ignoram meu mundo
Dessa minha pobre vida
Esquecida em sono profundo
Que me culpam
Em êxtase
O meu estranho humor
Ignoram meu mundo
Dessa minha pobre vida
Esquecida em sono profundo
Furor
É o que tudo existe
Em meu universo
Mas
Não me importo
O que corre
De boca em boca
É o que tudo existe
Em meu universo
Mas
Não me importo
O que corre
De boca em boca
Nem me importo
Com essas tropas de animais...
...anjos Caídos
Entre deuses e mitos
E enquanto acontece tudo isso
O velho maldito satírico Satanás
Solfeja a sua flauta em notas rítmicas
Com essas tropas de animais...
...anjos Caídos
Entre deuses e mitos
E enquanto acontece tudo isso
O velho maldito satírico Satanás
Solfeja a sua flauta em notas rítmicas
Nem me importo com essas tolices
Pois sou tão idiota quanto os versos de amor
Onde o meu coração cheio de florações
Aos raios de sol e até o sol se pôr
Iluminam o tédio do meu cérebro entristecido
Quase morro...
Mas logo sinto o açoite nos sinos que cantam à vida
Pois sou tão idiota quanto os versos de amor
Onde o meu coração cheio de florações
Aos raios de sol e até o sol se pôr
Iluminam o tédio do meu cérebro entristecido
Quase morro...
Mas logo sinto o açoite nos sinos que cantam à vida
sábado, 14 de abril de 2018
"quando piso descalça na areia da praia, volto a ser criança mais uma vez!"
Descalço
É que me sinto,
Sobre a areia da praia,
Uma criança...
...e me vem um sorriso
Como aqueles sorrisos de infância,
Inocente (ah, como deveria ter sido pra sempre)
Tão cheio de lembranças (sentimentos em ritmos)
E, lá, vem a esperança...
É assim que me sinto
Como a luz frágil da manhã,
Crescendo lentamente com força de titãs...
E, tão, serenamente
A cada passo, marco o meu espaço
Entre grãos de areia...
Escrevendo com os pés descalços,
Como se fossem rastros de sereia,
Minha emoção, que as guardo na memória.
(título e poema baseado em Nadia Raupp Meucci)
Descalço
É que me sinto,
Sobre a areia da praia,
Uma criança...
...e me vem um sorriso
Como aqueles sorrisos de infância,
Inocente (ah, como deveria ter sido pra sempre)
Tão cheio de lembranças (sentimentos em ritmos)
E, lá, vem a esperança...
É assim que me sinto
Como a luz frágil da manhã,
Crescendo lentamente com força de titãs...
E, tão, serenamente
A cada passo, marco o meu espaço
Entre grãos de areia...
Escrevendo com os pés descalços,
Como se fossem rastros de sereia,
Minha emoção, que as guardo na memória.
(título e poema baseado em Nadia Raupp Meucci)
sexta-feira, 13 de abril de 2018
Sou o Programa do Projeto Objeto em um Plano para o Fim
Uma parte de mim
É intenção
Conscientemente ou não
E que me pergunta
Por que pretendo fazer...
...e fazer porque faço!
É intenção
Conscientemente ou não
E que me pergunta
Por que pretendo fazer...
...e fazer porque faço!
Uma outra parte é o que sou...
Sou como me vejo no espelho
E, assim, como todos me veem
Me veem e acham que me conhecem...
É quando as aparências enganam
E me enganam...
Sou como me vejo no espelho
E, assim, como todos me veem
Me veem e acham que me conhecem...
É quando as aparências enganam
E me enganam...
domingo, 8 de abril de 2018
A ARTE QUE NOS MOVE
É A MESMA ARTE QUE NOS DEVOLVE
EM SENTIMENTOS, QUAISQUER LOUCURAS
PELA CURA DE NOSSA DOENTE RAZÃO DE SERMOS
É A MESMA ARTE QUE NOS DEVOLVE
EM SENTIMENTOS, QUAISQUER LOUCURAS
PELA CURA DE NOSSA DOENTE RAZÃO DE SERMOS
A arte clama...
Chega de política analítica
E completamente insana.
A arte ainda é a chama,
É a libélula com o libelo nas asas da liberdade.
Chega de política analítica
E completamente insana.
A arte ainda é a chama,
É a libélula com o libelo nas asas da liberdade.
A arte é o depois,
O agora e o antes...
É a detentora do estandarte
Que move a revolução das ideias,
É o nosso instante...
O agora e o antes...
É a detentora do estandarte
Que move a revolução das ideias,
É o nosso instante...
Vamos dar as mãos
E mostrarmos que o amor sempre vence.
Não há mais espaço pra incompreensão.
Vamos salvar o que ainda nos resta:
A consciência da paz.
E mostrarmos que o amor sempre vence.
Não há mais espaço pra incompreensão.
Vamos salvar o que ainda nos resta:
A consciência da paz.
Vamos acreditar na paixão
E qualquer fé que nos leve a redenção.
Vamos lutar pelo que a vida nos insiste em nos mostrar...
A nossa permanência, aqui, não é em vão
Então, vamos pois, o propósito é bem maior...
E qualquer fé que nos leve a redenção.
Vamos lutar pelo que a vida nos insiste em nos mostrar...
A nossa permanência, aqui, não é em vão
Então, vamos pois, o propósito é bem maior...
A arte é o mais belo caminho,
É o caminho do meio entre mente e coração.
Chega de tolices!
O céu ainda é o nosso infinito.
Mas, a terra é o nosso bem finito maior!
É o caminho do meio entre mente e coração.
Chega de tolices!
O céu ainda é o nosso infinito.
Mas, a terra é o nosso bem finito maior!
sexta-feira, 6 de abril de 2018
Individual Que Sou
(canção bossa nova)
(canção bossa nova)
Eu tenho medo de te dizer
Que te quero tanto... tanto
Eu tenho medo...
Medo de te dizer...
Medo... medo...
Que te quero tanto... tanto
Eu tenho medo...
Medo de te dizer...
Medo... medo...
Por que as coisas tem que ser assim (?)
O amor é algo, tão, maravilhoso
Que me deixa assim...
Me deixa com esse jeito insano
Insano louco... louco... louco...
O amor é algo, tão, maravilhoso
Que me deixa assim...
Me deixa com esse jeito insano
Insano louco... louco... louco...
Eu tenho medo de te dizer
Que te quero tanto... tanto...
Eu tenho tanto medo...
Medo desse sentimento
Que me tira o sono, que me tira o tempo
Que te quero tanto... tanto...
Eu tenho tanto medo...
Medo desse sentimento
Que me tira o sono, que me tira o tempo
Será que sou
Eu mesmo...
Individual que sou
Infinitamente
Eu mesmo...
Eu mesmo...
Individual que sou
Infinitamente
Eu mesmo...
Por que as coisas tem que ser assim ?
Ganhando ou perdendo...
Parece que nada muda com o tempo
E tudo chega ao fim...
É porque eu tenho medo... medo... medo...
Ganhando ou perdendo...
Parece que nada muda com o tempo
E tudo chega ao fim...
É porque eu tenho medo... medo... medo...
Será que sou
Eu mesmo...
Sem ter você aqui
Sem ter que dividir o meu tempo
É o que me deixa assim, com medo... medo... medo...
Eu mesmo...
Sem ter você aqui
Sem ter que dividir o meu tempo
É o que me deixa assim, com medo... medo... medo...
domingo, 1 de abril de 2018
P.S. – post scriptum
Antes da cirurgia...
Sinto-me vivo
É a principal aparência
É a principal aparência
Um corpo deitado
Uma luz no teto
Uma agulha na veia
Um rosto de médico
Uma luz no teto
Uma agulha na veia
Um rosto de médico
Anestesia
Geral...
Amnésia
Total...
Geral...
Amnésia
Total...
Durante a cirurgia...
Não me sinto
Nem consciência
Nem alma ou espírito
Nem consciência
Nem alma ou espírito
Após a cirurgia...
Acordo do nada
Não há traumatismos
Não há traumatismos
Uma consciência acordada
Uma respiração sentida
Um coração e as suas batidas
Uma volta sem partida
Uma respiração sentida
Um coração e as suas batidas
Uma volta sem partida
A uma reflexão...
Talvez, seja assim a morte
Um toque de sedação
E tudo desaparece no ar
Talvez, seja assim a morte
Um toque de sedação
E tudo desaparece no ar
P.S.
,,,nem há anjos
...nem há demônios
...nem há mais você
,,,nem há anjos
...nem há demônios
...nem há mais você
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