terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Aos que pensam de mim...

Bom dia, meu amigo!
Como você me vê?
O espelho me diz,
Que sou um estúpido,
Louco varrido...


Tudo bem,
Não me importo, meu amigo...
Não é que eu finja, que não sinto,
É que pra mim não faz sentido,
Se sou isso ou aquilo.


Talvez, ainda há uma chance,
Brincar de ser palhaço,
Cheio de lágrimas,
Escorrendo entre os sorrisos,
Só pra agradar a plateia...


Sei que não sou de dar prazer,
Nem de dizer, seja bem-vindo!
É que sou desses loucos,
Estúpidos-varridos,
Meio que, perdido na multidão.
Pra Provocar A Existência...

Na pureza do olhar,
Na distância do entender,
Na forma inesperada do gerar...
Não há nada que não pode ser
A sua verdade.


Na leveza do tocar,
Na alma há de ser,
No sentido do amar,
No coração há de ter.


Não vá se perder,
Nem temer.
Essa é a sua vida,
Mesmo que seja uma utopia.


Na palavra que há,
Sonhos pra contar...
Cria pra inventar,
Inventa pra criar.


Não finja,
Não minta,
Pra se disfarçar...
Será Poesia (?)


O que vale é a alegria,
Aquela história,
Cheia de fantasia,

Melhor lugar não há,
Pra provocar a existência...
NA PROFUNDIDADE DE UM POÇO

senti nos lábios
uma alteração
um sabor amargo
ares de solidão


Senti que era a hora
Agora é o mergulho
Quase na escuridão
É como estar à deriva em alto mar


Senti-me sem direção
(sem astrolábio)
Sem estrelas no céu
(na profundidade de um poço)


Senti na alma
Mais que no coração
A falta que você me faz
Nessa navegação


Senti na altura dos olhos
A distância entre paixão e razão
Senti-me como um astronauta
Olhando a terra sem pé no chão


Senti-me em plena suspensão
Sem resistência ao vento
Fui lançado no tempo
Sem você não há mais invento


Senti
Me
Sem
Sentimento

domingo, 29 de dezembro de 2019

O ÚLTIMO SUSPIRO

No que a gente pensa
Olhando para as estrelas (?)
Será que há um astronauta
Pendurado, na ponta, por lá?


Eu olho pra ti
E vejo no brilho do teu olhar
Uma luz mágica
(pentagrama)


O que será que há
Além dessa luz etérea?
Terra, água, ar,
Fogo e espírito (?)


No que a gente pensa
Olhando para as estrelas?
Somos tão pequenos
E tudo é infinito.


Eu olho pra ti
E vejo, em teu suave sorriso,

É como se fosse,
O último suspiro...

O que será que há
Além do pra sempre (?)
Uma estrela de cinco pontas
E outros sinais...
IMAGENS SÃO
IMAGINAÇÃO


Engula teus pecados,
Chega de desculpas,
Encare a tua cara metade
Diante do espelho.
Não há nada pior do que o disfarce...
Dê o outro lado da tua face.
E quando a máscara cair,
Deixe-a revelar a tua verdadeira identidade.
Faça o que te der vontade,
Mas não engane a si mesmo,
Nem a outra metade.
Não tente explicar
O que sigmund Freud, explica...
Vá, siga em frente.
Não tenha medo, tenha coragem
E diga adeus ao passado
Que te consome, que te invade.


O que não faz parte da razão
É loucura ou paixão
(imagens são imaginação)
Ou é algo que foi dito às pressas,
Às vésperas de um fim de tarde.
É algo que se perdeu da vontade,
Tão doce quanto a ilusão.
Faça das tuas promessas
A leve esperança
E a leve pra sempre,
Como sonho de criança,
Que acredita no que vai acontecer.
Não se importe com o que vão dizer,
Se vão gostar ou não do que vai fazer
Faça o hoje acontecer
Pois, o amanhã, só, a Deus pertence.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

EU ESTOU SILENCIOSO

Eu estou silencioso
Assim, como a lua cheia
Ilumina o oceano

Misterioso é o segredo
Do abismo, que nos separa
Dos anjos e demônios

Eu estou silencioso
Assim, como os meus sonhos,
Que habitam nebulosos nevoeiros

É tão incerto quanto a direção do vento.
Hoje está tudo calmo,
Amanhã, debaixo de mau tempo

Eu estou silencioso
Assim, como ontem,
Tão, suave e efêmero

Bárbaro que sou
Pois, meu coração é de guerreiro
Navegando entre amores verdadeiros

Eu estou silencioso
Assim, como um breve poema,
Que flutua no mistério

Vou espalhar a vida
Como um vírus que fere e mata
O corpo inteiro

Eu estou silencioso
Assim, como o doce veneno,
Que alivia o peso
Divagando

Eu estou morto,
Cara!
Que falta eu faço,
Que falta eu faço...
(no paraíso)


Eu não acredito no natal
Mas, acredito em Jesus Cristo.
Eu não acredito na catedral,
Nem no Juízo Final...
Talvez eu não seja benquisto
(malquisto - pelo visto)


Quem sabe, a minha fé
Se perdeu no caminho
(pra Santa Sé)
E fiquei sem o cálice de vinho,
Como "um estranho no ninho"
A maré não era morta, Não deu pé...


Sou eu o pagão?
Cristão sem nome...
Sou eu o falastrão,
É o que me consome.
Falo muito e não digo nada
(na saída, na chegada)


Eu estou morto,
Cara!
Que falta eu faço,
Que falta eu faço...
(caminhar sem rumo)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Versos Curtos De Amor I

eu gosto de ti
mas, não tenho planos
eu até duvido de mim...
são abraços apertados
que duram muito pouco
eu quero te amar
mas, tenho vergonha
será que esses são sintomas
do amor (?)


Versos Curtos De Amor II
 
mãos suadas
perda de apetite
falta de compassos
face enrubescida
batimentos cardíacos
acelerados
e outras substâncias
químicas
detonam o meu estado
Versos Curtos De Amor

As pessoas perguntam,
Qual o significado de amar?
É mais fácil dizer que, é...
Verbo transitivo direto.
Versos Curtos De Amor

Eu amava
Exageradamente
E de repente
Eu de tão doente
Esqueci, que o paciente
Era eu.
Versos Curtos De Amor

Amo-te
mais que tudo,
mesmo que
não esteja
mais em meu mundo,
eu não posso evitar.
FUGIR OU LUTAR

Eu tenho alguma coisa pra te dizer
E, ela é uma verdade que pouco se vê:
Quando eu ouço da tua boca,
Poucas palavras de amor,
ah, como é preciso aumentar
O som num amplificador,
Que as transforma em breves notas
De uma eterna canção.
São, tão, suaves e leves
Quanto as pétalas da flor...
É o que mais me faz sentido,
Como todo verso que tem cor.


não me faça ser,
de ti,
o último verso.


posso, até ser
o inverso
da tua composição...


senão adeus, adeus,
minha doce ilusão,
como ode, como canção.


tu não vais encontrar
em mim,
nenhum porto seguro.


não sirvo pra luz
no fim do túnel,
mas, saiba que eu não fujo...


tu não vais encontrar
em mim,
flores, nem gramas de jardim


pois, sou feito
de asfalto,
rocha e capim. 


se, não sou quem tu amas
então, não inventa
e mate-me.


se todos os caminhos
levam pra mesma direção
então, siga o estribilho.


senão adeus, adeus,
minha doce ilusão,
como ode, como canção.


nenhum lugar
é melhor
do que o nosso lar.


mas, nunca me diga
que sou a salvação,
sendo assim, ame-me!


pra sempre, pra sempre...
de tão louco que sou,
me esqueço da insana razão.

domingo, 22 de dezembro de 2019

É COISA DE LOUCO

Como tudo anda tão deserto,
Coração incerto e mente vazia...
Há tanta gente por perto (?)
Há tanta falta de fantasia (?)
Uma multidão sem rumo
"toda a unanimidade é burra"
E ninguém anda no prumo.
E alguém ainda te empurra...
Todo o direito ao voto nulo.
É tão branco como a ilusão.
É coisa de louco... cada um no seu casulo.
É cada um com a sua opinião (sem razão?)
E no meio de tudo isso, não há nada no meio,
Nem termos, nem o que temos (será receio?)
Só há abraços e beijos,
Pra quem te deu a mão,
Pra roubar os teus desejos,
Em troca de leite e pão.
A vida é um circo
Sem palhaços sorridentes...
O ingresso é o risco,
Que pagamos com crianças
Adultas e descontentes
E tão descrentes de esperanças.

 A vida é um circo
Sem diversão
E só há um cerco,
Assediando a razão.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Rimas em cima de rimas

Não incorporo tuas ideias,
Continuo sendo esse otário.
Não faço parte dessa tua alcateia
Pois, eu sou o lobo solitário...


Quero continuar na minha rebeldia,
Contra toda essa miséria
E saber que a haverá um belo dia,
Que a mentira deixará de ser coisa séria.


Não faço parte dessa histeria.
Ainda quero sentir a doce melodia
E esquecer dessa melancolia
Consumidora do instante sem alegria.


Quem sabe no final o poema me salve?
Quem sabe se eu fosse só rima?
Quem sabe se eu fosse um disfarce suave?
Quem sabe se eu revelasse a minha estima?


No final tudo anda em círculos,
Atraído por um grande ímã...
É como se fosse a gêmea irmã,
Utilizando os mesmos ventrículos...

domingo, 1 de dezembro de 2019

Ora...

Se eu estivesse aqui, agora...
Seria como estar a toda hora!
Se eu estivesse por dentro da história,
Eu estaria mais pelo lado de fora.
Se eu estivesse numa piora...
Eu, já, estaria indo embora.


Se fosse amor e não amora,
Que aroma teria à memória?
Se fosse veneno de víbora
E não picada da galinha d'angola (?)
Se fosse substância tóxica,
Não seria catapora...


Se eu estivesse outrora,
Seria sem pressa, sem metáfora!
Se fosse saúde de ferro, mora!?
Eu estaria como a aurora,
Tão cedo, usando esporas,
Porque cavalo xucro não chora...


Se fosse tudo diáfora,
Não valeria a pena ter pena da Senhora,
Que atravessa a rua com tanta demora...
Se fosse só festim e não pólvora,
Seria o verdadeiro paraíso na flora
E, não o presente na caixa de Pandora.
Você acredita nas minhas notícias?

Bandido que matou ladrão,
Foi preso pela polícia
E solto pela justiça... 


Louco que saiu do hospício,
Vestiu-se de Papai Noel
E se jogou do alto da chaminé.


Homem com tanta fé,
Tomou chá da erva,
Pra acreditar na sua mulher.


E você ainda acredita nas minhas tolices...

Sagrado coração,
Sangrando os punhos
Em busca da salvação.


São muitos os testemunhos
E nenhuma verdade absoluta,
São coisas de pura emoção.


Sonhos que dão medo de dormir de novo
E toda a profundidade de interpretação...
Pesadelos pesados ou vida real?


E eu acredito que você ainda acredita em mim (?)
Tão Perto Tão Longe

Eu,já, desisti
De querer desistir,
Pela milésima vez
Pois, tudo o que eu sempre quis
Foi ter a certeza de que não se tem,
Pra ser feliz...


Eu, já, pedi
A tua mão.
Mas, me perdi,
Do fundo do coração,
Se sou eu pra ti,
Como numa entrega da paixão.


Eu, já, acreditei
No meu discurso
E, já, fiquei na contradição.
É como andar num curso,
Sem saber se o rumo é a razão.
O que há entre o raso e o profundo?


Eu, já, perguntei
E me perguntei...
O que há na superfície
Que de perto não se vê?
O que há, lá, no fundo
Além do medo que se tem?


Eu, já, ouvi
O que eu já sei.
Eu, já, falei
Que está tudo bem.
Eu, já, vi
Que há coragem mais além...


Eu, já, desisti,
Também,
De não desistir,
Na milésima vez
Pois, nada é pra sempre
Mesmo a felicidade de quem sempre a tem (?)

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

MISANTROPIA

Eu
Quase não existo
Daqui
Já nem me sinto parte
Humanos
Robôs humanoides
Humanidade
Essa falsa identidade
Ridículos que são
E
Eu
Nem sofro de solidão
Tão pouco de sofrimento
Não temo
Nem medo tenho
Desses homens
Ora anjos
Ora diabos
Androides
Ginoides


Eu
Sou mais parecido
Com o Sátiro:
Na testa meus pequenos chifres
Meu nariz achatado
Minha barba longa
Meus grossos lábios
E minhas orelhas e cauda
Ou é de cabrito ou é de asno
Meus conflitos
Meus ritos (Dionísio)
Minha sorte
Minhas ideias
Minhas Ninfas
Selvagens e endoidecidas
Minha morte
É no que eu confio
Ironia da vida
É eu ter nascido
Homo Sapiens
ABRINDO E FECHANDO, JANELAS E PORTAS

Eu não amei muita gente
Mas, já, amei profundamente...
Não sou uma pessoa fácil,
Sou uma pessoa que examina,
Muitas vezes, o próprio íntimo.
Os meus sentimentos,
As minhas reações,
Nem sempre são pensadas,
Nem sempre são apressadas.
Mas, às vezes, acontecem do nada
E geram uma explosão que até mata...


Eu amei
E hoje, já, nem sei
O que é o amor.
Mas, não estou à procura
Pois, não acredito na loucura,
Nem no renascer da flor.
Sou desses que gosta de ver
O sol se pôr
Ou contar estrelas,
Espiando a lua cheia,
Sem qualquer temor.


Eu não me sinto só
Mas, quando me sinto,
Não ando em círculos,
Nem fico dando nós...
Sigo em frente,
Olhando as ruas,
Ouvindo as mentes,
Falando sobre tudo.
Sigo no rumo das linhas entre retas,
Nas curvas...
Abrindo e fechando, janelas e portas.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

O DESESPERO DE QUEM JÁ NÃO SE SUPORTA MAIS

Eu sou um mergulhador
Ou eu sou um astronauta... 


Eu sou desse planeta terra
E mais um ser humano idiota,
Que não preserva a beleza,
Dessa natureza que nos preserva.
Eu sou mais um que não se importa.


Eu sou um destruidor
Ou eu sou um peralta...


Eu sou desses vadios,
Vivendo no ócio da minha loucura,
Que, de tão burra é tão burra, tão burra...
É tanto que se empanturra
De tanta desfaçatez.


Eu sou um encantador
Que toca sua falsa flauta


Eu sou quem induz o interlocutor,
Conduzindo-o ao erro...
Que azar tê-lo!
Amá-lo, jamais
Pois, não há mais pétalas na flor.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

ENQUANTO OS MEUS DEMÔNIOS
ESTÃO SOLTOS POR SEDE DE JUSTIÇA
MEU ANJO DA GUARDA VAI À MISSA


há loucuras nos meus olhos,
há uma fúria sem medidas,
há tanta coisa incontrolável,
há desordem em meu coração...


Essa é a minha mente envenenada,
Sem medo da própria razão.
Esse é o meu vazio existencial,
Sem medo da solidão.


há uma longa estrada,
cheia de pedras pontiagudas...
há uma curva para o nada,
vazia de si mesma. 


Um lugar inimaginável...
Até parece o fim do mundo.
Se há uma palavra de esperança,
Então me diga, por que ela se cala?


Diga não à violência,
Caso contrário é ela que vai lhe violentar.
Diga não à violência,
Senão é ela que irá lhe domesticar.


Diga não à pedofilia
Diga não ao feminicídio
Diga não à depressão
Diga não ao racismo


Diga sem temor e com vontade
Diga que há mais que esperança
Diga o que é paz na igualdade
Diga que viver é mais que uma boa lembrança
POSSO DIZER QUE AINDA ESTOU AQUI POR VOCÊS

Eu sempre vou lembrar
Daqueles que se foram
Mas que me fizeram feliz
E me deixaram aqui
Sentindo saudades


Eu não vou desistir
Nem fugir por aí
Sei que é vivendo
Que posso demonstrar
Toda a minha felicidade


Eu vou sorrir
E às vezes até fingir
Por tão pouco tempo
Que está tudo bem
Sem vocês


Eu sei
Não é nada fácil
Mas vou superar
E viver por vocês
Até bem mais


Eu não vou dizer adeus
Pois sinto à luz os seus olhares
Querendo que os sonhos
Não morram
Enquanto houver alguém vivo

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

UM DIA ME IMAGINEI
GALOPANDO O CAVALO MARINHO
DE POSEIDON 


Vou tomar as rédeas
Do meu destino.
Não quero espalhar
Meus segredos num oceano...
Chega de tantos enganos,
De tantas farsas
E sentimentos insanos.
A lua cheia, já, nem me convence...
Não há mais mistérios,
Nem à luz de vela.
Qualquer pensamento
É um abismo,
Tão, perto do inferno.


Vou planejar o silêncio
Nesse pélago,
Que é o meu hipocampo.
Não quero esquecer
Da luz do plenilúnio.
Chega de báratro,
Chega de me ferir...
Se vou espargir,
Que seja em versos,
Para que eu possa unir e não cindir.
E, quem sabe,
O que me foi arcano tácito,
Seja a minha ode.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

O Que Eu Não Sei Não Me Pergunte

Por que o que eu, já, sonhei
É um desperdício?
Por que todo o meu sorriso
Tem ares de fingimento?
Por que eu só acredito
Naquilo que eu não acredito?
Por que, às vezes, eu sinto
Que o suicídio faz sentido?
Por que o que faz sentido
Nem sempre é sentido?
Por que a vida vale apena
Se há pouca paz e muita guerra?


Por que todo o cenário
Não faz parte da última cena?
Por que há tanta besteira
Na minha cabeça?
Por que a beleza é mais feia
Que a própria razão?
Por que o coração se prende
Nas teias da paixão?
Por que insistir nos erros
Que aprendemos?
Por que o que é demais
Parece, tão, de menos?


 (P.S.: eu nunca acreditei no suicídio pois, é algo que é mais um desperdício. Vale muito mais apena viver, correndo todos os riscos, inclusive o de querer buscar todos os sentidos.)

domingo, 17 de novembro de 2019

BRILHAR INTERMITENTEMENTE,
COMO AS ESTRELAS


Eu 'tive tão longe,
Tão perto daqui...


O horizonte era eu
Antes de ti encontrar.
'tava tudo sem rumo,
Quando ouvi a tua voz
A me chamar.


Eu 'tive tão longe
Mas, bem perto de ti...


Carregando na mente,
Não somente os sonhos,
Que não se partem...
Havia sempre bem mais que a tua imagem,
Havia no coração a saudade de te sentir.


Eu 'tive tão longe,
Tão distante de mim...


Fingindo em ser um romântico louco
Só, para enfurecer às noites antes de dormir.
Inventando mil motivos para poder fugir,
Antes do amanhecer ou até o sol, como um poema, luzir
Na mais breve manhã, para estar livre e junto de ti.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Formulação de Pensamentos Transitórios II

Como tudo é tão louco
Eu e os meus recados
Jogados por todos os lados
E em cada canto há um monstro
Quimera
Cabeça de leão
Corpo de cabra
E cauda de dragão
E eu é que sou o culpado?


Fico eu aqui
Imaginando o outro lado
Episódios Exóticos e Oníricos
Tudo anda assim
Tão surreal
E nada é mais do que já era
Como eu sempre fui
Em uma odisseia além dos quasares
Que habitam tetos efêmeros


Como tudo é tão normal
A cada passo
Uma formulação de pensamentos transitórios
É panaceia para os males
Dos amores verdadeiros
Que navegam além dos mares
Nos corações dos bárbaros guerreiros
É assim que a vida flutua
Sobre o peso do meu travesseiro


Fico eu aqui
Divineia
Não é flor
Nem Amélia
Mas exala
O olor
Que embevece
As ideias
Arcano feérico

terça-feira, 12 de novembro de 2019

PAGUE PRA VER

Tu sabes quem eu sou
E quantas vezes se enganou
Não pense que é fácil
Acreditar no que inventou


Tu acreditas em mim
Mas duvidas de ti
Talvez seja essa a ilusão
Quem sabe é solidão


Não inventei um outro mundo
Nem tive tanta coragem
E mesmo que haja saudades
O muro é muito mais alto


Tu és a outra parte
Que aos poucos me invade
Às vezes sinto medo
E outras vezes é meu disfarce 


Tu não entenderias
Mas eu ainda acredito na verdade
Que parece luz de vela
Chama que derrete e arde


Tu não me entenderias
Mas eu não acredito na realidade
O sonho é suicídio dentro dela
Que habita à minha mente face a face
DAS IDEIAS...

Eu não quero explodir,
Eu quero é florescer...


Esqueça à morte pra sobreviver
E viva todo dia sem ter que morrer.


Eu quero entender tudo, ainda mais...
Eu não quero nada do que eu não for capaz de ser.
Mas, também, não quero ficar parado,
Esperando alguma coisa acontecer.
Mas, também, não quero ficar calado,
Imaginando o que os outros vão dizer...


Eu sonho como sonha um sonhador,
Que se acorda sem querer...


Eu sei da flor do amor antes de saber.
Mas, pouco sei da dor do coração.


Lembra do que sonhou ou foi só ilusão (?)
O tempo passou, tão, rápido pra entender...
Eu não quero explodir,
Eu quero é florescer.
E, antes que tudo acabe como acaba de ser,
Eu não vou ficar à espera, imaginando eu e você.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

?Que Coisa É Essa

dos sonhos que não me são
dos lugares que eu não
dos meus amores em vão


se o que já foi,
logo recomeça...
se é amor,
então, pra que ter tanta pressa (?)
deixa a coisa encaixar!


pra que brigar
por coisa que não interessa.
amar não é brincadeira,
mas, também, não é coisa séria
que não se pode brincar no amar...

terça-feira, 29 de outubro de 2019

cumulonimbus

Cúmulos-nimbos
Do cimo dos céus
Véus que cobrem

Tempestades
Sem blandícias
Como se fossem açoites
Com o peso de bigorna
Vêm varrendo quaisquer tempos
(raios, relâmpagos e trovões)
Os deuses estão em fúria
Sopram os ventos
Com tanta falta de doçura
Tristes lágrimas cairão


(sobre a fotografia de Leandro Selister - temporal em Porto Alegre, 29.10.2019)

domingo, 27 de outubro de 2019

Um Lugar Comum

um muro que não lamenta
uma rua que se segue
uma calçada cheia de pétalas-flores

adormece a cor violeta

um lugar comum
entre verdes árvores
entra ano e sai ano
todos os poemas em um
seja bem-vindo aos bons ares
pois são coisas do cotidiano


uma paisagem que não se inventa
é assim a realidade da mãe natureza
às vezes de tão rápida é a beleza
que permanece num sonho em câmera lenta


(sobre imagem fotográfica de Leandro Selister/Coisas do Cotidiano - Lugar Comum)
UM POEMA EM SEU OLHAR
(samba)

eu sempre pensei,
que pra ser um grande poeta
era preciso ler livros à beça
mas, me enganei,
quando você entrou naquela festa
foi, então, que me deslumbrei
sem rima, sem conversa,
apenas imaginei
no brilho do seu olhar
a beleza mais sincera
e a leveza de amor e paz.


é... foi, assim, com essa certeza,
que você me trouxe a forma mais bela ,
pra não ter que fazer um poema às pressas
e sentir que o tempo é capaz de mostrar,
o caminho pra encontrar, as palavras certas
que nascem de um sentimento profundo,
tão fundo que se possa alcançar.
é... é só ter que acreditar
naquilo que nasce da alma
e que o coração possa declamar,
a leveza mais sincera que está em seu olhar.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019


04
******
bom fim
é apenas uma passagem,
para triste cidade.

realidade que não se apaga...
se há verdade na imagem,
por mais que o cão não ladra,
ela late.
mas, a sorte está lançada,
pra quem acredita
na loteria da vida.
e, pra quem acha
que é tudo uma mentira,
então, é como a sobrevida,
apenas mais uma passagem.
(noite e dia - manhã e tarde)
e quem se importa?
quem te viu e quem te vê!
não há bilhete premiado
ao acaso... nem há resposta
(é como um tiro no destino)
ninguém sabe do futuro
(ninguém está preparado)
pois, o que está exposto,
(não é falso. é fato.)
é mais um corpo pedindo socorro,
será a alma de número 04,
nesse momento exato?
******

(sobre a fotografia de Leandro Selister/Tristicidade)

domingo, 13 de outubro de 2019

banho de caneca

um viagem para algum lugar
(Floresta Amazônica).
uma história pra se contar

(antigamente era corpo e alma).
copos e bacias... banho na beira.
rios, córregos e lagoas.
e, hoje em dia (?)
é ,tão, atual e verdadeira,
Amazônia de um passado partido,
de um paraíso perdido...
um Eldorado de ouro maciço
(uma nação de povos destruídos).
mas, ainda há tantas saídas
entre as espessas árvores
das alturas impossíveis.
mas, ainda há os sonhos das crianças
livres e felizes,
se divertindo em seus lares,
sentindo pequenas porções d'água
que purificam, peles sensíveis.
é como, tudo, se fosse, numa doce brincadeira
às margens que margeiam,
as lembranças de uma vida inteira.


(sobre a fotografia de Dulce Helfer - exposição fotográfica: Amazônia Tão Perto, Tão Longe.em Centro Regional de Cultura de Rio Pardo)

domingo, 6 de outubro de 2019

ÀS VÉSPERAS DA MINHA PÓS GUERRA

por quanto tempo
eu vou ficar na dúvida (?)
se pra atravessar a rua
é, preciso, dar o primeiro passo...
pode parecer leve
mas, se há peso na mente,
o sonho deixa de ser
sonhado.


por quanto tempo
eu vou ficar na certeza (?)
...já nem olho para os lados
pois, acredito na natural beleza
dos loucos.
sinto muito, mas tudo o que é absurdo
faz parte da alma humana.
sinto muito por ser tão individual.


por quanto tempo
a liberdade, me permitirá
duvidar de mim mesmo,
com tanta certeza,
dessa minha existência
sincera e apaixonada...

por quanto tempo,
por quanto tempo,
não vou duvidar de nada.
CORTANDO O MAL PELA RAIZ

eu pouco sei
do que eu já sabia
não tinha a vez
nem tinha o que eu queria
fazer de conta
que está tudo bem
fazer da guerra
o que não se faz
amor e paz
então vem
e me diz que sou capaz
de viver sem ninguém
me dizendo que o menos é mais


até quando eu vou me enganar
como antigamente
se o novo sempre vem
e muda todos que estão na frente
que estão sem tempo pra mudar
a vida vem e passa tão de pressa
como a luz pela fresta
como num piscar de olhar
então nem pense pensar lentamente
pra não ficar olhando pra trás
quem sabe quem saberá
do dia de amanhã
eu pouco sei

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Pensamentos Secretos

Eu desisti de ser
Aquele cara
Que achava,
Que sabia demais...
Aprendi a ver
As coisas, que hoje em dia
Não se veem mais:


Amor e paz

Eu fingi um dia
Mas, depois, não consegui escapar...
Me perdi nas ocultas faces
Que, nem o espelho revela,
Os disfarces.
E, que nem mente perversa,
Eu fui capaz.


Ódio e guerra

O que há por detrás
Da noite mais bela?
Da cor da flor amarela?
Do coração que não sabe o que faz?

O que há por detrás
Do amor que não espera?
Da alma que na luz a vida gera?
Da dor que não se satisfaz?


Amor ou guerra
Ódio ou paz

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

As bruxas estão soltas

deu à louca...
as bruxas estão soltas
"Ouviram do Ipiranga..."
Santa é a paciência!
mas, nada mais espanta
é sexta-feira 13
e a lua cheia se levanta
no país da demência,
enquanto o patife nos engana
com palavras de beata,
sacrificando a alma humana...
tribos da Amazônia,
florestas tropicais...
"salve! salve!
Idolatrada
Ó Pátria amada"
salve, salve os animais
pois, o reino de um deus,
já, não salva nunca mais...
agora a noite cai
no encanto da sorte,
no canto dos anjos de mármores
dos cemitérios e das catedrais. 


deu à louca...
as bruxas estão soltas,
enquanto o sacripanta
marcha com a sua banda,
elevando a bandeira
como estandarte de samba...
"Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil"
ninguém mais se engana,
ninguém mais se engana,
com a pátria que o pariu
mas, a luta continua
com a voz que se levanta,
com as vozes que se levantam
pois, ainda há esperança
na liberdade que encanta,
nos amores que nos encantam
sob a lua cheia...
castelo de areia,
sorriso de criança,
ainda há na lembrança
"Ó Pátria amada (LIVRE)
És tu, Brasil"

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

ANÁLISE FEITA PELO CENSOR COM O SEU SENSOR DE...

Proibido para os menores de...
Proibido para os povos de...
Proibido para os homossexuais de...
Proibido para os laicos de...
Proibido para os que não pertencem a fé de...
Proibido para os negros de...
Proibido para as etnias de...
Proibido para as políticas de...


Proibido ver
Proibido ouvir
Proibido dizer


Proibido ser
Proibido sentir
Proibido ler


Proibido para pensar de...
Proibido para escrever de...
Proibido para as tribos de...
Proibido para fazer arte de...
Proibido para brincar de...
Proibido para rir de...
Proibido para mim...
Proibido para você...

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

CROCÂNCIA
----
Humor? Despreocupação?
Diversão? Sim!!!
Graforréia Xilarmônica,
de um jeito estrangeiro,
entrelaçando Jovem Guarda
e umas pitadas de música nativista,
numa cidade tão roqueira...
Graforréia Xilarmônica,
'tá sincera, 'tá no brega,
assim como "Eu",
por inteiro cult,
meu "Amigo Punk,
Isso é "Coisa de Louco II",
"Chapinhas de Ouro"
Graforréia Xilarmônica,
tem a propriedade de certos alimentos
ou de objetos
que emitem um ruído seco
ao estalarem nos dentes.


(falando rapidamente sobre a Graforréia Xilarmônica, no instagram de Frank Jorge. E, ele por educação, disse ser um belo texto e agradeceu! POA 05/09/2019)
 

domingo, 18 de agosto de 2019

ESTAMOS NO MESMO PLANO

Tu partiste
Mas, não pra tão longe...
Está logo ali,
Como uma estrela
Que brilha, aqui,
Eternamente!
Vamos sentir, por muitas vezes,
A tua ausência.
Mas, é certo
Que a tua permanência,
Pra sempre,
Estará dentro de nós.


Qual é o plano?
Só Deus é quem sabe...
É quem trás e leva
Nossos sonhos e realidades.
Na vida, ninguém espera
A hora certa...
Mas, o plano continua pra sempre,
Estamos juntos no céu e na terra.
Adeus não é uma despedida,
É, apenas, um breve até logo
Pois, só Deus é quem sabe
Da nossa chegada, da nossa partida...


Sentimos tanto...
Porém, sabemos do teu carinho,
Do teu amor pela família,
Do teu sorriso entre amigos,
Lembranças que jamais se apagarão.
Agora, descansa como anjo adormecido.
E, lá de cima, nos vigia na companhia
Dos nossos entes queridos.
Agora, nos olha e nos guia pelo caminho,
Iluminando com paz e esperança
E confortando todos os nossos coraçãozinhos
Pois, toda energia é feita desse amor infinito!


Dedico a você, meu primo, Beto!

terça-feira, 13 de agosto de 2019

O AÇOITE

Sinto na pele
Tiras de couro
Não é carinho
Nem erotismo
É algo que sinto
Não por castigo
Flagelo
Sofrimento
Tormento espiritual
Ou quaisquer versículos
Bíblicos
Apenas eu sinto
E às vezes é o que mais sinto
Vindo de um sorriso
Que mais parece acariciar
As pétalas da flor
Fingindo em ser amor
Mais que tudo
Protetor
Mas no fundo
É pura dor

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Simplesmente Inesquecível 

Lindo é o sonho que se sonha
Sem ter medo da realidade
Eu posso ser o que eu sou
E o que você vê repetidas vezes
Um dia eu sou anjo demente
outro dia eu sou criança pra sempre
Como tudo é divertido
Tantas cores tantos nomes
E nada de tristes sorrisos
Como é doce como é lindo
A realidade que se vive
Na companhia de amigos
E por mais que seja estranho
Brincar é coisa séria
Não é Leandro Selister e Cláu Paranhos
?


Aqui no mundo inventado
A arma é a mais bela flor
E as balas são beijos de amor
Aqui a boneca mais feia
Encanta qualquer espectador
Como se fosse canto de sereia
Que guia o coração do navegador
Então venha e se divirta
Toda a arte é um circo
Todo o riso é igual seja pobre seja rico
Aqui todo capeta é anjo cupido
Não há menina não há menino
Tudo é poesia como a livre borboleta
Que voa em zigue-zague
Como a arte que liberta que liberta a arte
!


(sobre a exposição "Brincar é coisa séria")

sábado, 27 de julho de 2019

Brincar é coisa séria

brincar é o maior carinho
é correr como atleta
é bandido, é mocinho
é andar de bicicleta
de pentear a boneca
e empurrar o carrinho

brincar é coisa séria
pois não há sonho perdido
e tem gosto de geleia
é como sair de férias
só pra ficar encardido
e esquecer das matérias

brincar é pintar e bordar
pois todo dia é uma festa
e quando nada mais resta
a criança recomeça a inventar
mais outras brincadeiras diversas
e menos pensar em parar

vamos Hipnósio
e Boneca Feia
brincar é coisa séria
com cara de lua cheia
é tão vitaminósio
que rima com bolo de aveia
 
 (baseado em: Brincar é coisa séria - exposição - Leandro Selister. e Cláu Paranhos)

terça-feira, 9 de julho de 2019

Elo de Ligação

A amizade que existe
Na fragilidade da cidade ilusão,
Ela persiste
No elo de ligação.
E é tão forte que dedo em riste,
Dizendo sim ou não,
De quem passa e assiste
A companhia entre o homem e o cão.

A felicidade insiste,
Mesmo na pior situação.
Ela resiste,
Mais, que qualquer paixão.
É como amor a primeira vista,
Que continua e continua no coração.
Ela não passa como se fosse um turista,
Com o olhar triste, sem tempo pra estender a mão.

A realidade dá, tanto, esporro
E, ainda, rouba o sonho
Do homem e do cachorro.
E por mais que seja estranho,
Eles compartilham o mesmo forro,
O mesmo gorro, o mesmo banho
Pois, são unha e carne desse mundo enfadonho,
Em que o menor silêncio é o maior grito de socorro.



(sobre a fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Semblante

Como é a realidade
Assim como em qualquer cidade
Grande ou pequena
Aparece pelas ruas
Numa tristeza plena
Tão nuas, tão cruas
Assim como em qualquer idade
Revela-se à imagem
Meu corpo, teu rosto
Iluminados pela lua cheia
É posto no oposto
Na luz do sol que não clareia
Os sonhos de uma vida inteira
Revela-se na paisagem
E sem disfarce é tão verdadeira
A friagem que cobre a felicidade
Deixando a beleza da natureza humana
Exposta à contemplação


(sobre fotografia de sebastianpuenzo - tristicidade)

quarta-feira, 3 de julho de 2019

"Passageiros Pra Lugar Nenhum"

Onde você está?
Será o lugar nenhum (?)
Esse lugar comum,
Que ninguém quer enxergar...

Quem lhe viu
Em que lugar
Que alguém lhe vê

Aonde você vai?
Na companhia da solidão
Ou com as imagens da sua imaginação,
Que não passam em qualquer lugar...

Quem lhe viu passar
Na condução de sua vida,
Para que lugar?

Ficar é uma partida,
Pra quem mora na rua.
Será a única saída (?)

Faça chuva, faça frio
É sol, é lua... e ninguém viu quem estava lá.
A culpa é minha... é sua (?)
É de toda a sociedade.


Quem lhe viu dormindo naquele lugar.
Será que foi um transeunte estrangeiro,
Na condição de passageiro
Ou de tão ligeiro, não viu o seu lar.

Enquanto a viagem segue,
Segue o que você, agora, pode enxergar,
Sem nome ou qualquer nome, se ergue
Diante do seu olhar.

Se há uma chance pra ajudar,
Então, aja antes que seja tarde demais.
Se há um morador de rua pra confortar
Então, também, lhe dê mais esperança!

(sobre fotografia - ensaio “Passageiros pra lugar nenhum”de Leandro Selister)

segunda-feira, 1 de julho de 2019

POESIA FALADA

ouça o que eu lhe digo meu amigo
a poesia não é feita pra inimigo
pois o que existe dentro dela
seja pobre ou seja rico
é tão belo quanto o seu sorriso


por isso
eu
lhe digo


ouça aquela estrofe
ouça esse disco
o que no coração não distorce
não gera na alma nenhum risco


por isso
eu
lhe digo


é prosa
é verso
é verso
é prosa


é na forma do universo
é no detalhe de uma rosa
é na frase de um verso
e no inverso vem a prosa


é na rima que vem e bate
na mente e no coração
vem por inteiro e não pela metade
transformando em arte a palavra da razão


é rima que vem e bate
como à sinfonia da paixão
é rima que vem e bate
na alma meu amigo meu irmão


então sinta-se livre
e se vista sem qualquer senão


é por baixo vermelho escarlate
é por cima vestido azul índigo
é o cão que late mas não morde
seja forte e vem comigo


ouça o que eu lhe digo
não é preciso ser um lorde
nem viver na solidão
seja pobre ou seja rico


ouça o que eu lhe digo
como é lindo o acorde
proibir é proibido
como é lindo o seu sorriso


então
vem
comigo


então
vem
comigo

quarta-feira, 26 de junho de 2019

COISAS IMPUBLICÁVEIS

fodam-se.
e não me digam
depois
que contraíram
alguma doença...
APRENDIZ DE QUALQUER CRIA

O meu silêncio não é maior
que a minha inquietude


Há solidão e ela povoa
os meus sentimentos


Ainda, assim, a felicidade
persiste em meus desejos


A mais loucura no meu coração,
do que a sombra do medo


Eu sinto que ainda ando
e ando tão vivo, mais do que me assombra


Ninguém sabe
pois, ninguém imagina a minha fragilidade


saudade de um tempo,
de um minuto, de um ano, de um século


Só o poeta adora o soluçar, antes, das lágrimas
e, após, o sorriso que derruba a incrível dureza


Ainda, acredito na alegria
e, não mais no paraíso


Talvez, seja menos dolorido, sobrevivermos
como se fôssemos frágeis humanos fortes


Não faço muitos amigos
Pois, já tenho inimigos pra brincar comigo


E apesar de tudo isso,
Nada me desmotiva dos meus objetivos

terça-feira, 25 de junho de 2019

Tinha que ser assim...

eu quase acreditei
que era a mais pura verdade
eu ouvia o que eu queria
e o que eu não queria
fingia em não ser
deixei tudo pra trás
mesmo os amores mais leais
pensei que nada passaria
de uma brincadeira
e que na vida todo sonho seria capaz


eu quase imaginei
um mundo cheio de fantasias
em que a realidade 

era um conto de fadas
um fazer que se desfazia
e não existiria dor
nem demônios astrais
e quem pagaria as contas
no fim das contas
não haveria pra quem pagar


eu quase precisei
me ver mais uma vez
diante do espelho
e ter a certeza
que na vida
também haveria erros
mas era tanta confiança
que eu até mesmo desconfiei
da tal esperança
criança que eu sempre me achei

sábado, 22 de junho de 2019

PERTO DA VIDA ÍNTIMA DE UM POETA

morremos pelo amor
vivemos por ele
sem medo de sermos felizes
sentimento que nos faz
vivermos juntos
às vezes por um longo tempo
outras vezes por um tempo curto
e é assim como tudo é insanamente
tão lúcido


vivemos pelo amor
morremos por ele
com coragem enfrentamos as diversidades
mentiras ou verdades
separam corações e mentes
sinceridade falsa
ou falsa sinceridade
o que vale é sermos mais por inteiro
e menos pela metade

sexta-feira, 21 de junho de 2019

VOCÊ FAZ O QUE TU PODES
(o que eu não posso fazer...)


tentei mostrar aqui
coisas que eu não consigo
dizer pra ti
quando estou olhando
pra você


eu uso armas de brinquedos
e tu me mata de verdade
com uma flecha que você
parte o meu coração
amor, amor vou sentir saudades


quero voltar pra onde
eu nasci
era bem perto de ti
tão dentro de você
será sonho ou realidade


não há verdades
benditas
nem sinceridades
que não abram feridas
tudo é sentido


nada de maldade
sua santidade - amém!
palavras são sempre ditas
mais que qualquer caridade
menos que paz e amor


tu sabes
que às vezes eu estou fechado
e você de portas abertas
assim como o silêncio
que bate na alma e a desperta


você sabe
que a felicidade
não nasce da solidão
é preciso ter coragem
e compaixão
Causa e Efeito

tenho que dizer pra você,
o que sinto agora,
sei que já passa da hora
mas, não há tempo a perder...


meu bem, não sei se faz sentido,
sentir o que eu sinto,
só, sei que você faz parte disso:
amor inocente.


por favor, só me ouça um pouco,
não estou carente...
sei que parece tudo de repente,
quase que loucura... um louco consciente.


tenho que dizer pra você,
que há coisas que ficam pra sempre
e que o coração é o que mais sente,
mesmo que a razão precisa explicar.


meu bem, há coisas sem explicação,
mesmo que haja solidão, estou junto de você.
faz parte da natureza humana,
tentarmos resolver os problemas.


por favor, talvez a minha emoção
não permita mostrar conceitos,
se pra explicar existe causa e efeito
agora, eu não sei...

quinta-feira, 20 de junho de 2019

É quando a noite nasce nas horas incertas...

Posso pedir ao meu pensamento
Amor, ódio, arrependimento
Por fora, me vejo sem medo
Por dentro, me sinto em segredo
É coração que não se revela
É paixão que a solidão atropela
Conheço-me tão pouco
Sou mais objeto do que louco
E, às vezes, me deparo com uma fera
Outras vezes, me entrego à espera
Como um brinquedo qualquer do tempo
Como um passatempo qualquer

quarta-feira, 19 de junho de 2019

"meu primeiro livro de PHOTOS"

Tens no olhar
Uma cidade,
Têm nuances
E detalhes.

Vês na fotografia
As formas da bela arte,
Tão livre como é na fantasia...
Viver assim é de grande intensidade.

Tua luz é luz escrita,
Que faz anatomia por entre entalhes.
É passeio pela vida,
Esculpindo com a alma e a coragem.

E livre, pra sempre, livre segue
Pois, teu olhar adora a imagem.
É poesia que se fixa...
Ah! Como é linda a paisagem.

Eis que, repentinamente,
Teu olhar de nítida cor,
Sonha crescente uma lembrança,
De tão poética à infância: jasmim-manga-flor.


(sobre postagem de Nádia Raupp Meucci - breve o seu primeiro livro de fotografia)

sábado, 15 de junho de 2019

DISTÂNCIA E AMOR

Das saudades que mais tenho,
O coração é o que mais lembra
Dos dias em que você não venho,
Talvez pela distância que assombra.


É como todo amor que não se completa
E se cria uma ferida que não se fecha.
Tristemente nem toda rua é em linha reta,
Nem todo anjo cupido acerta a flecha


Por isso é que, às vezes, me prendo
E a minha alma sofre com esse tormento,
Lembrando de um tempo que vem e vai me vendo.


Pouco, sei da felicidade que no meu peito se parte.
Solidão que invade nesse presente sentimento,
É como se fosse o último suspiro antes do infarte.


sexta-feira, 14 de junho de 2019

Quem Me Esqueceu Não Me Esquece Mais

sei que de tudo
nada se escreve
é o tempo que tenho
e se torna breve
esse é o mundo
que obtenho
com fome e greve
que não me leve ao luto
nem que me sirva serve
nem amor profundo
tão pesado como leve
seja anjo ou adubo
quem planta colhe e cresce
e tão doce é o fruto
presente pra quem merece
passado ou futuro
ou mais uma prece
ao meu cenho
que no espelho reflete
como se fosse desenho
no escuro esclarece
segredos imundos
o que sobe desce
como verso que verte
na alma do vagabundo
O PURISMO SUJO DA LÍNGUA
QUE LAMBE O LIVRE VERSO
QUE LHE PRENDE NA ALMA
O CORPO E O CORAÇÃO


Quem em sã consciência
Quer saber dos vícios do poeta
Pois, se o seu vício
É o que o alimenta


...ah, maluco poeta
Que da sensibilidade
O seu espírito
Se manifesta


Quem em sã consciência
O espiará pela fresta
Pois, corre o risco
De ver o que não presta


...ah, lúcido poeta
Que revela seus traços
Psicológicos
Psicopatas
Psicodélicos


Quem em sã consciência
Dirá muito em poucas palavras
Sobre o emaranhado de pensamentos
Que reflete na clareza simples do poeta


...ah, indefinível interior
Desse mundo romântico
Em prosa, em verso
Desse realista poeta

quarta-feira, 12 de junho de 2019

D'um lusque-fusque
tão próximo do horizonte,
até d'um jeito estonteante, 
cai do céu o que colore o instante,
dos amores aos amantes...
é como se fosse nascente
no poente,
que toma uma cor gradiente,
até d'um jeito demente.
o lusco-fusco vem crescente
entre nuvens descabeladas,
com suas linguetas apaixonadas,
tingem as paredes dos prédios.
revelando segredos nas silhuetas,
quase que num assédio,
o dia encontra à noite
o beijo escuro iluminante.

(sobre foto de Leandro Selister - em 12/06/2019)

terça-feira, 11 de junho de 2019

O NÃO LUGAR

Não vou me perder em fantasias
Mas, nem quero um só caminho.
Não posso imaginar que só há realidade.
Ainda acredito na utopia...
Será mais um sonho ou menos verdade (?)


Eu sei que se deve viver o agora...
E, ficar esperando um lugar num futuro qualquer,
Pode perder-se no tempo.
É um tempo perdido construindo modelos,
Que não existem no presente momento.


O que de fato importa?
Viver de lembranças
Ou de uma falsa esperança.


O que há no coração,
Pouca certeza ou muita dúvida?
E quem sabe, só há razão.


Desta vez...
Só desta vez
Eu sei,
Que sentir saudade
É como se sente saudade do que se ama.


Desta vez,
Somente, eu sei
Que o mundo visto de tão distante,
É que deu certo
Mas, que de perto é tão incerto...


Por um segundo
Viver
Parece mais que um minuto


E por um minuto
Morrer
Parece mais que um segundo

segunda-feira, 10 de junho de 2019

uma parte de mim...

tenho medo
que medo tenho
por ser louco
que louco me venho
pelo tempo
o tempo que retenho
na mente
em meu corpo
como se fosse sopro
anseio
ou somente
devaneio
tão lúcido como um soco
na boca do estômago
então me olho no espelho
e vejo no meu cenho
a dor que mantenho
por temer a mim mesmo


por ter medo de acreditar nos outros
que eu roubo os meus sonhos
e os guardo na caixa dos segredos
e me esqueço pois já não sou mais novo
apenas um velho lobo uivando pelas paredes
paredes que ecoam o meu silêncio
o silêncio que ninguém vê
é como o vento irrompendo
invisivelmente
a alma de um ser
vivente

domingo, 9 de junho de 2019

Emoções

tanto bela,
como indefinida,
são elas,
que navegam
na vida
de um poeta...
assim, como a poesia é,
cheia de mistérios
e de ideias,
sonhos e chegadas,
ilusões e partidas.

sábado, 8 de junho de 2019

Périplo

num lugar
desconhecido
é que te encontro
e como se fosse
amor proibido
se esconde


navego
pelas margens
do teu corpo
teu corpo
que contemplo
a cada reencontro


já não me perco
pois já conheço
porto por porto
e até mesmo
o mais profundo
segredo


teu jeito
perfeito
como todo amor
e as suas imperfeições
é amor verdadeiro
que navega em nossos corações


às vezes
me deixo
levar
por distâncias longas
pra no teu mar encontrar
a leveza d'alma


e se nesse viajar
há procela
volto pras tuas costas

das curvas tão belas
pro meu coração
em teu país ancorar


capitão que sou
sigo as estrelas
plenilúnio
ou lua cheia
pois meu barco à vela
é poema em alto mar


num lugar desconhecido
todo risco vale apena
vale apena pra te conquistar
pois quem ama não espera
um outro dia chegar
um outro dia pra te navegar

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Deixa Estar


A pouco me lembro
De um tempo
Mas logo vem
O presente momento
Arrastando a minha mente
Como se fosse vento
Sem direção
Apagando tudo
Mesmo o beijo
Mais ardente
E os sonhos
Ainda mais profundos


O presente momento
Rouba da minha memória
Aquele instante
Do meu mundo
Que ainda permanece
Como estrela cadente
Fixada no tempo
Esse presente momento
Que insiste em me levar pra frente
Tão de repente
Que me deixa
Cego, surdo e mudo

sexta-feira, 31 de maio de 2019

PALHAÇO

Posso sonhar de qualquer maneira,
Que estou sempre ao seu lado,
Mesmo que seja a vida inteira,
Dia e noite sonhando acordado.


Nas noites sou eu e as estrelas,
Brincando de darmos abraços.
Assim, eu posso sentir em tê-las,
Companheiras dos meus enlaços.


Posso mover céus e mundos
E ver seu rosto na face escura da lua cheia.
Posso mergulhar em desejos profundos
E sentir que, a sua alma em meu corpo margeia.


Nos dias em que a luz do sol me abraça.
Aquecendo o meu coração calado.
É quando a lembrança não se despedaça.
E assim, não me sinto desconsolado.


Quero acreditar que o amor ainda existe,
Aqui dentro de mim, aqui dentro de mim...
Quero imaginar que não há uma rua triste,
Dentro de mim, que me impeça de inventar...


Não sou nenhum arlequim
Mas, quero lhe fazer sorrir ou chorar
De tanto rir...
Palhaço que sou?


quinta-feira, 30 de maio de 2019

GÊNESIS CONTEMPORÂNEO 

busco, incessantemente,
a criação de tudo
e como tudo acabou de repente,
do Jardim do Éden ao fim do mundo.


o que fez Adão com a serpente?
amor ou ódio profundo,
ou nada que fosse indecente
entre o homem e o lábio carnudo (?)


maldita é a árvore do conhecimento,
que revelou na paz há guerra,
para o bem ou para o mal.


bendito é o romântico sentimento,
fruto das musas e ninfas na terra,
casa do deus Apolo e da poesia carnal.

terça-feira, 28 de maio de 2019

MALQUERIDO

hoje como o dia está frio
tão frio quanto a sua mente
que demente corre como um rio
rio que deságua incandescente
as lavas de um coração partido
num mar de tempestades


sentimento mais que sentido
diante de tantas inverdades

maldito seja o poeta
que diz o que não faz
louco verme da sarjeta
aqui o seu nome jaz


pense nisso antes do início
ao iniciar o verso querido
pode ser de amor e paz
ou pode ser a queda para o precipício
assim que a vida é às vezes tão fugaz
e outras vezes é a cura para o ferido


hoje como a noite cai
lentamente
e a lua vem e vai
estupidamente
entre as nuvens
que parecem pálpebras
LISONJEAR LISONJEAR

Teu beijo, me trouxe à vida,
Alegria, alegria de um grande amor,
Que cura qualquer dor ou ferida,
Mesmo de uma infernal perfídia anterior.


Hoje, sinto o teu gosto tão doce.
É, como se fosse pra sempre ser.
Pra sempre é tudo como se fosse,
A vida inteira pra se viver.


Teu olhar é o meu maior alento,
É luz que penetra em minha alma,
Com toda a força de um único sentimento...


Assim é todo amor eterno e verdadeiro.
Anseio delirante que envolve e acalma
Pois, não vive pela metade, é sempre por inteiro.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

O QUE HÁ NA ARQUITETURA DA CATEDRAL (?)

Nas paredes do tempo,
Janelinha por janelinha,
Entre os fios sopra o vento...

O que há na entrelinha?

É manter pra sempre o segredo,
Nas arquiteturas do templo,
Entre as ruas da Igreja e do Arvoredo,
Há anjos que eu contemplo.

Entre cada pedaço,
Entre duas linhas,
Há um outro espaço
E outras estrelinhas.

Velinha por velinha...
Uma é do Espírito Santo,
Outra é a minha,
Na luz da poesia e do encanto.

sbs


(sobre a fotografia de Nádia Raupp Meucci - Foto: Catedral. Cúria Metropolitana)

sexta-feira, 24 de maio de 2019

boêmias e literárias

meu viver
é que me faz
ver
o que o outro
de mim
é capaz


sou das noites
infindas
de vida sem regras
regada por vícios
bebidas e amores
vadios 


ouço os poemas
como se fossem
cantos mundanos
de adormecer crianças
sob a luz do plenilúnio
e etéreas estrelas


sinto de tudo
irrompendo o meu mundo
que vem num clangor
como a procela
e seu trom
devastador


meus amigos
se divertem
e eu em versos
invento arranjos
harmônicos das palavras
muito além do som do canhão

quinta-feira, 23 de maio de 2019

VIDA QUE SE SEGUE

O tempo não perdoa,
Talvez uma prece
Pra que a fé não se vá
Ou, quem sabe, apenas admirar
A leveza da borboleta,
Num ziguezaguear.


Vida que se segue

O que passou, passou
Como as estrelas cadentes
Ou como o amor não correspondido.
É que na vida há tantas coisas
Que se libertam e outras que nos prendem,
Como as ilusões...


Vida que se segue

Perdão não perdoado,
Verdades não ditas,
Sonho não realizado,
Mentiras mantidas,
Coração quebrado,
Palavras repetidas.


Vida que se segue

Mas, sempre haverá tempo pra se dizer,
Que a vida vale apena...
Mesmo que esteja no último fio de esperança
Mesmo que seja a última relutância
Mesmo que esteja no último momento da lembrança
Mesmo que seja antes de morrer


Vida que se segue...

segunda-feira, 20 de maio de 2019

As Marcas Do Tempo

Eu vejo
As linhas
Se entrelaçando
Formando
As tramas
Dos movimentos


Eu sei
Que estou
Envelhecendo
Já não preciso mais
Da lupa de aumento
Pra ver o tempo passar


E com o passar
Do tempo
Retoco
O meu cérebro
Compondo
Os meus fragmentos


Eu vejo sem medo
O que as marcas do tempo
Começam a enrugar
Correm como uma tartaruga
Até quem cedo madruga
E Deus não vai te ajudar
Em todos os tempos verbais: presente, passado e futuro

Não tente entrar em meu mundo,
Nem me traga essas coisas...
Essas coisas tolas.


Quanto mais eu me aprofundo,
Menos eu escorrego em superfícies lisas,
Cheias de caramiolas.


Às vezes, vazio de si mesmo.
Outras vezes eu fugindo de mim...
Fingindo em ser ninguém.


Talvez, é porque eu ando a esmo
Ou quem sabe é só mais um fim...
O início pra definir o destino de alguém.


Então, não venha me iludir,
Nem nomes, nem flores, nem seres afins...
Pois, já, ouvi as vozes por dentro a me acudir.


Eram tantos os anjos serafins
E eram poucos os loucos a aplaudir
E eram lúcidos justificando os meios pelos fins

domingo, 19 de maio de 2019

ESBOÇO OU COLÓQUIO AMOROSO:
ENTRE EU E A VONTADE DE OUVIR O SEU SILÊNCIO


Sonho com aquele caminho,
Dia e noite, não há outro lugar...
Quem sabe, utopia de voar sozinho,
Às vezes acompanhado pelo luar...


Sou um sonhador sem domicílio
Sem terra, sem razão, sem mar...
Um louco que se esconde no exílio
Talvez seja a melhor forma de se amar.


É assim que me sinto, só, com ela.
Mas ela não sabe da procela
E do idílio, que ela gera dentro de mim.


O amor é suave e puro como a ciranda...
Minha infância que parece não ter mais fim
E que me inquieta, assim, como manda e desmanda.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

"Existem coisas na estrada que me chamam a atenção!"

Olho por cada
Caminho...
Olho por cada
Destino...


? e me pergunto,
Que fim levou...
Sorte... futuro.
Direção ou rumo.


Existem coisas
Que me chamam...
E, me chamam a atenção.
Estrada. Casa.


Há uma estrada que me leva
Pra casa ou não...
Há uma casa engraçada,
Que me prende o coração.


O meu olhar
Não se cansa,
Nem tem pressa.
Talvez, há uma certa esperança.


O meu olhar,
Que escreve, que me escreve
Como a luz - Fotografia.
O meu olhar que não se perde em vão...


Existem coisas
Que me chamam a atenção,
Coisas na estrada...
É como a alma que se abre.


Existem casas
Estradas
Portas e janelas
E coisas outras


(baseado na Fotografia de Nádia Raupp Meucci)

domingo, 12 de maio de 2019

O Ar De Um Tempo


Eu vejo
Um novo olhar,
Nos diversos
Campos do saber.


Mas, ainda há
O homem
E a sua fera interna,
Tão primitiva - Das Cavernas.


Mas, ainda há
A humanidade
E a sua falta de compreensão
Com a esfera - A Terra.


Será que a realidade
É mais fascinante
Que a ficção
?


Será que a ignorância
É menos dolorida
Que o conhecimento
Da existência.


Eu vejo
Um novo olhar
Nos diversos
Campos do saber


Mas o que a vida faz
Sem a Arte por detrás?
O vídeo. A tecnologia.
Nada passa de uma realidade Virtual (?)


Mas, se não há utopia,
O que será do seguinte dia?
O ideal será fantasiar ou seria...
Ou a esperança é o que ainda há?


Eu vejo
Um novo olhar,
Além desses tempos
Que não há...

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Destino Final
***
Veja
O que
A gente
Sempre

***
Uma
Grande
Parte
Na margem
Pra sobreviver
***
Será
Que já
Não faz
Mais diferença
Por quê?
***

Tanto
desperdício
Restos
& Resíduos
***
Há tanta
Fome
Luxo lixo
Urbano
É alimento
***
Veja
O quê (?)
Pra humanidade
É comum
Assim viver
***
Pensei que tudo seria diferente dessa vez
Pensei que o dia começaria antes do anoitecer
Mas acordei depois das 23
A minha vida é um mar de estrelas decadentes
Só há gente querendo viver até a próxima hora
Pois o resto não interessa depois que amanhecer


Eu quero é dar o fora
Chega dessa de ser vampiro
Sugando ilusões de quem não tem mais sonhos
Eu quero é ver a luz do dia agora
Chega dessa fantasia que logo evapora
Chega de tantos rostos estranhos e falsas histórias


Pensei que nada fosse acontecer
Pensei que a noite fosse o melhor que se tem pra fazer
Mas vi que só enfraquece o meu ser
Minha memória perde a validade
Meu corpo até parece que tem outra idade
E o meu coração não suporta mais


Eu quero é me encontrar
Pra entender o que ninguém consegue me explicar
Estou jogando pra perder
Estou ganhando o que ninguém quer ter
Estou me prendendo a essa multidão
Pra viver no meio da solidão

terça-feira, 7 de maio de 2019

status quo (ante bellum)

Onde vamos cortar na carne?
Quem sabe pegar esse daí (?)
Que não tem nome, nem sobrenome,
Que não vale nada,
Que ninguém vai se lembrar,
Como foi? O que fez?
bye-bye...
Pois não interessa pra ninguém...


É assim que todo mundo faz.
É assim que a vida trata
Quem nem menos tem,
Quem não tem nada demais...
Enquanto muitos morrem de fome,
Poucos comem lagostas e vinhos importados.
Tudo pra manter o poder no status das coisas.
(antes da guerra)


Onde vamos cortar na carne,
Pra patrocinar nosso jantar?
Quem sabe matar de fome,
Esse aí, que tem o nome de Ninguém.
É assim que todo mundo faz,
É assim que a sociedade vê os desiguais,
Numa igualdade que não se desfaz,
Direitos & Deveres em leis artificiais. 


Cadê a revolução?
Vai ser pra sempre circo & pão (?)
Pra manter o status quo
ante bellum
Quem "somos" culpados
Quem são eles?
Quem são os reféns
Quem somos? Livres & Soldados?


sexta-feira, 3 de maio de 2019

Menina-dos-olhos

Toda deslumbrada...
Um olhar bendito
De quem nunca foi maculada (?)


Toda amor
E sobre o lençol,
Eternas vermelhas flores.


Toda vida,
Mais que todo instante,
Pra sempre querida.


Toda sinfonia
Entrelaçando luz das estrelas,
Paixão e felicidade infinita.


Toda doçura,
Sorriso contagiante,
Elevando aos céus, às alturas.


Toda hora,
Lua e sol no fundo d'alma
E, às vezes, gotas de orvalho...



quinta-feira, 2 de maio de 2019

Contemplando o limiar de uma tardinha

O que me encanta,
É o horizonte.
O que há por detrás (?)
Por detrás das linhas,
Nas entrelinhas,
Além desse instante.


Há uma luz de um fim de tarde
Que se vai
E leva qualquer saudade,
Iluminando a noite que vem.
Não há idade para olhar
O que o olhar aos poucos retém.

O que me encanta,
É o limite definido aparente.
Mas, que a mente não se cansa,
Mesmo que haja uma vaga lembrança
Que, se repete no tempo.
E todo esse movimento parece rapidamente lento.

Há uma luz que das alturas avança,
Que vem como luva de seda e se lança,
Abraçando prédio a prédio,
Afastando de vez todo o tédio.
E, como num breve poema envolto em carinho,
Beija a menina do prédio vizinho.

sbs

(sobre fotografia de Leandro Selister)

terça-feira, 30 de abril de 2019

A TRAVESSIA

Enquanto a luz
Recorta a igreja
E outras casas
A sombra vem e abraça
A rua e a calçada
E o transeunte atravessa
Para o lado da praça

Enquanto a sombra
Recorta a igreja
E outras casas
A luz vem e beija
O asfalto e a Independência
E o transeunte atravessa
As faixas transversais



(baseado em fotografia de Nádia Haupp Meucci)
UM MILHÃO DE DESPROTEGIDOS
(um milhão de triticidade)

há uma triste realidade
há uma triste sociedade

há uma triste verdade
há uma triste cidade
há uma triste religiosidade
há uma triste caridade

há uma triticidade

há um disfarce em cada face
que diz que não vê
há uma dor que já não é mais latente
que está tão presente
há quem diga que é pra sempre
que a humanidade não provê

há muita triticidade
******
há uma alma pesarosa
que se multiplica a cada dia
há uma fome silenciosa
que grita todos os dias
há uma esperança tenebrosa
dia após dia

ah tristicidade
teu lixo é a minha sobrevivência
mas não sou imune a tantas doenças

ah tristicidade
teu luxo é pra mim apenas paisagem
que o meu olhar adormece em qualquer parque

ah tristicidade
teus caminhos não me levam pra casa
pois a minha morada é na rua é na calçada



(baseado em fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)

quinta-feira, 25 de abril de 2019

A DAMA NO ASFALTO

A dama no asfalto
Perdeu sua coroa
Quebrou o salto
ou deixou de ser patroa


Quem dirá quem diria
Descendo os degraus
Está fora a rainha
Do naipe de paus


Agora na rua da amargura
Sem eira nem beira
Vai virar uma perua
Será feitiço de macumbeira?


O asfalto e a dama
Um beijo um abraço
Ou mais uma trama
Da rainha de aço


(sobre fotografia de Leandro Selister - "A Dama no asfalto" Coisas do Cotidiano)
A MINHA FLOR MORREU DE TRISTEZA

No meu jardim eu nunca estava sozinho
Mas, hoje estou...
A minha flor morreu de tristeza
E, agora eu vivo sem o seu carinho.


Amarela era a sua cor,
A mais formosa...
De tal forma, que a sua beleza aflorava
Mais que a sinuosidade das linhas humanas.


Seus espessos espinhos,
Pareciam as mais delicadas unhas.
E suas pétalas enrubesciam
Por cada lisonja de amor. 


Amar ela, era pra sempre tê-la,
Era o optimum da nossa relação.
Mas, por um instante a solitude tomou-me o coração.
Foi numa fração de segundo, sem vê-la.


Nessa minha fração de incerteza,
(ou os dois morrerão)
Foi o que abalou a nossa fortaleza,
(ou os dois florescerão)
Porém, já era tarde demais, a minha flor morreu de tristeza.

terça-feira, 23 de abril de 2019

O Principal: Espaço Urbano

Por onde o tempo passa?
É por onde a arquitetura não disfarça...
Nada mais é como era antes.

Mas, ainda há beleza nos detalhes.
Ainda há saudades em certos horizontes.

Ainda há formas e entalhes,
Por onde fios em tramas
E rabiscos distorcem as artes.
Por onde o bonde passava (?)
Por onde o amor dos transeuntes andava (?)

Em que parte há uma lembrança?
Em cada estrutura ainda há esperança...
Por onde o tempo passa?
Ainda há uma paisagem que não perde a graça
E, que a arquitetura não disfarça.

Ainda há poesia na imagem
Por onde o tempo passa?
Ainda há!
Enquanto as estruturas estiverem de pé.
Enquanto a destruição não derrubar a fé.





(sobre a fotografia de Flaneurartefoto/Nádia Raupp Meucci - instagram)

segunda-feira, 22 de abril de 2019

UM SORRISO DE VERDADE
(balada)

Eu acredito em teu sorriso
E não duvido, só há verdade.
Qualquer motivo pra me lembrar,
Me deixa sem improviso,
Me deixa cheio de saudade.


Eu quero estar
Sempre ao teu lado.
Chega de disfarçar o que eu sinto.
Assim não dá... ficar fingindo,
É coisa que não se faz mais.


Já não tenho mais idade
De me perder no esconderijo.
Já não tenho mais idade
De parecer adolescente
E me sentir desprotegido.


Posso até estar desesperadamente,
Quando estou perdido.
Mas, quando estou ao teu lado
Eu só estou contigo, tão acordado...
Sei dos meus atos e de todos os sentidos.


Já não tenho mais idade
De me perder no esconderijo.
Já não tenho mais idade
De parecer adolescente
E me sentir desprotegido.

domingo, 21 de abril de 2019

Coisas do Coração

Diga sim
Ou diga não
Mas me diga
Meu amor
Com o coração


Então
Me diga
Por que há razão
Nas coisas feitas
Nas coisas feitas


Nas coisas feitas
pela emoção
Coisas loucas
Coisas soltas
Coisas...


Então me diga
Sim ou não
Mas não finja
Mas não fuja
Dessa vida inteira


Então não perca
O tempo inteiro
Pensando besteiras
Fazendo jogos
De sedução


Vamos inventar
Reinventando
Coisas loucas
Coisas soltas
Coisas...


Vamos realizar
Sonhos em vão
Vamos realizar
Nem sim nem não
Coisas do coração
Uma Reflexão
(se é disso que eu preciso...)
 
Indefinidamente,
Talvez possa ser
Uma pergunta
Sem resposta (?)


O que dura na mente
É o que permanece na alma
Ou é o que realmente importa (?)
Quem sabe, é algo que passa de repente...


Quem reflete com calma,
Abre a janelas e a porta
E deixa entrar a vida lá fora,
Para o coração eternizar.


O tempo percorre sem limites
E segue em frente... pra sempre...
É pra contar uma história
Do passado, do futuro e do presente.


Mas, ele a amava eternamente.
Um amor atemporal...
Passageiros fora do tempo
De um contínuo movimento astral.


Efêmera é a vida definida,
Que se perde no dia a dia,
Na falta de fantasia
Para que a realidade possa sonhar.


Mas, ela o amava mais que o infinito...
Além de um breve poema indizível
Pois, nunca havia um fim, nem um precipício.
Apenas, um o começo do recomeço do início.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

MAIS E MAIS

Cristo
Chega para mim
Como a luz
Que desce das alturas
E me toca
Alma corpo e mente
E eu
Quase de repente
Soluço uma prece


Cristo
Ressuscita
Redentor
Finalmente nos ilumina
Com amor verdade e paz
É assim que a luz
Em nós cresce
E incorpora a força e a fé
Pra vencer a sombra
Que paira nos fracos e desavisados

domingo, 14 de abril de 2019

AMA-ME?

há uma pessoa
no meio
do caminho
há no meio
do caminho
uma pessoa


somos todos assim
no meio da multidão


há um corpo
deitado no chão
há uma vida
entre a chegada
e a partida
Qual é a melhor saída?


somos todos assim
uns mais que os outros


há uma alma
no meio da trama
que já não clama
e que nem mais se chama
que não há mais chama
que ninguém mais a ama


somos todos assim
no meio do cotidiano


(baseado em fotografia de Leandro Selister - Invisibilidade)
TODOS SÃO IMPORTANTES (?)
******
Há um sentimento de identificação
Em relação ao sofrimento do outro.
Há um momento em que o mais racional é o cão
E cada olhar ao redor, permanece neutro.
******
Há uma reciprocidade entre os dois animais
Pois, seja por fora ou seja por dentro,
Pertencemos ao mesmo Reino.
É carne, é osso... somos todo mortais.
******
Será que o cão precisa de treino
Pra ser apenas verdadeiro,
Pra ter no coração a solidariedade?
Não há amigo pela metade, só há por inteiro.
******
Na vida, não há tempo para sonhar
E sonhar, sonhar e...
É preciso agir para modificar,
Caso contrário no visível nada se vê.
******


(baseado em fotografia de Leandro Selister - Tristicidade)

quinta-feira, 11 de abril de 2019

ABORDAR NO ÂMAGO DO BORDADO

Bordando a realidade
Em sonhos que eu nunca esqueci...
É assim que me sinto,
Desenhando com as linhas,
As linhas que me faz entrar pra dentro de mim,
Para dentro... bem mais para o centro...
No âmago da minha vida,
Vivida cidade...
Dia e noite, em cada canto,
Como algo que me reconstrói a cada fim de tarde.

Bordando a cidade
Em imagens que eu sempre vi.
Recriando com as mãos
O que o coração não esqueci,
O que é da minha imaginação...
Somente há a verdade,
Que gera a arte aqui e ali.
O lugar é este,
Entre fios, agulhas, tecidos e figuras,
Como algo que me liberta do mundo lá fora.


(baseado na Arte 
Trinta e seis – Leandro Selister: fotografias, desenhos e alguns bordados)


quarta-feira, 10 de abril de 2019

SOMOS MAIS QUE MICRORGANISMOS DE VULCÃO


não adianta estarmos longe
porque nada nos separa
não há distância para nós amantes
pois é assim que a vida nos prepara
nos aproximando além dos horizontes
na mesma rua da infância que nos ampara


somos mais que o eterno verso
de um romântico poema
somos mais que todo o universo
e toda força de qualquer sistema
seja novo ou seja velho o reverso
o principal é seguir o nosso lema


pra sempre estar é pra sempre ser feliz

o que nos faz pensarmos assim
loucamente além de qualquer fim
o que nos faz pensarmos assim
o que é bom pra você é bom pra mim
o que nos faz pensarmos assim
de sempre estarmos sempre afim


somos anjos ou somos demônios
nesse mundo de tantos enganos
sejamos ateus e cristãos no matrimônio
nesse mundo de tantos insanos
pneumoultramicroscopicosilicavulcanoonio
somos todos nós belos ciganos


terça-feira, 9 de abril de 2019

PANORAMA URBANO II.

Vista-se
Indecentemente bem
Mesmo que seja qualquer coisa estranha
Mesmo que seja da pura alma humana


Vista-se
Sem agonia que causa o dia a dia
Sinta-se loucamente insana
Mesmo que seja uma ideia sacana


Vista-se
Vagarosamente
Sem ter que se importar com a fama
Que difama que inflama como quem ama


Vista-se
Pra noite escura
Que não disfarça e se mistura
Sem qualquer frescura


Vista-se
No corpo no verso no universo
Na tarde que arde
Nas chamas do amor


Vista-se
Com o que sutil lhe possui
Com carinho com calor
Com sonhos de um sonhador


Vista-se
Como uma estrela cadente
Que vem tão de repente
Irrompendo corações e mentes
Panorama Urbano

Tímida ela sorri
Para o horizonte
Que sobe e desce


Ela está ali
Iluminando o cair do dia
E o nascer da noite


Lua nova
Quem lhe observa
A esta altura


Lua nova
Astronômica
Corpo celestial


Lua nova
Como é lindo no universo
Que envolve a Capital 


Tímida, no espaço sideral
Entre a Terra e o Sol
Lua, Lua, satélite natural


Ela está ali
Orbitando a urbe
Desenhando finos contrastes


Ela está ali
Abraçando edifícios
Num céu de final de tarde



(sobre fotografia de Leandro Selister)

domingo, 31 de março de 2019

ERA 31/03/2019...

Como é bom poder passear na cidade...
Ir aos parques e ver as pessoas ocupando os espaços...
Curtir a natureza, a beleza e a leveza de poder ali estar...
Sentir-se livre pra poder olhar...
Há crianças de todos os tamanhos e idades...
Há tanta bicicleta, patins, skate, patinetes...
Há tanta gente em cada canto, curtindo a paisagem...
E os museus com tanta arte - Há a Arte de Ena Lautert...
...ah, que bom que há o MJC, o Iberê e o MARGS...
Passear na Redenção e entrar no Brique...
E quem sabe, almoçar na Lancheria do Parque...
Dar uma banda na Orla do Guaíba Moacyr Scliar...
...ah, como é bom ser Porto Alegrense...
Sei que aqui não é um mar de rosas...
Há tanta gente correndo contra o tempo...
Cada um tem o seu momento...
Cada um tem os seus medos...
Cada um tem o seu sofrimento...
Cada um busca o seu alimento...
Mas, mesmo, assim com lágrimas nos olhos...
Vejo que há dias melhores...
É assim que tem que ser...
Pensamento positivo pra quem tem...
E pra quem nada tem...
É assim que tem que ser...
Pensamento positivo...
É assim como o pôr-do-sol...
É assim como no amanhecer...
É assim na manhã que vem...
Viver é isso... é preciso saber viver...