sexta-feira, 5 de maio de 2017

REVOLVER
na minha frente
há uma parede pálida
caindo dia a dia
lentamente
na minha frente
há uma tentativa desesperada
e insana que clama por liberdade
(quase falsidade ideológica)
na minha frente
há uma arma apontada
pra felicidade
que me causa uma enorme agonia
na minha frente
o que me atravessa
é uma lança
que vem pelas costas
na minha frente
toda forma que se transforma
metaforicamente
é como a flor que me agride
na minha frente
conheço a paixão
que prende o coração
e gera a solidão somente
na minha frente
objetos e segredos
tristonhos ou ledos
da alma humana

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