sábado, 6 de maio de 2017

Meu Corpo, Minha Alma

Não me peça uma prece
Pois, não sou santo,
Nem tão pouco divindade
Extraterrestre.

Sou como o que sobe e finalmente desce...
Não me prendo, nem me espanto
Pois, tudo o que padece
Em mim, não cresce nem o desencanto.

Não me peça um beijo,
Se é mera vontade
Pois, sou dos loucos desejos
E não de recôndita saudade.

Sou de querer agora,
Das delícias do reconhecível.
Coloco tudo pra fora,
Mesmo o sentimento indizível.

Não me peça o amor eterno
Pois, sou tanto do efêmero,
Como das delícias do inferno...
Não sou do depois, nem espero!

Ora sou áspero, feito de pétalas...
Uma flor nas horas das fases incertas.
Ora sou macio, feito de pérolas...
Uns poemas visuais de frases concretas.

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